A Saga Crepúsculo (Twilight) é o ápice literário de Stephenie Meyer que conquistou inúmeros prêmios, entre eles um lugar no Top 10 Livros para Jovens Adultos, da American Library Association. Hoje ele ainda figura na lista dos mais vendidos do mundo. Meyer é formada em literatura inglesa na Brigham Young University e reside em Glendale (Arizona) com o marido e três filhos.
Mesmo o cunhado do irmão do primo de terceiro grau do vizinho da tia do dono do mercadinho da esquina deve ter ao menos uma impressão do meu fanatismo por vampiros. Li A Rainha dos Condenados de Anne Rice por volta dos onze anos, e lembro muito bem que meus livrinhos infantes eram a grande maioria de terror, abordando especialmente bebedores de sangue (e bruxinhas, mas isso é assunto para outro post). Desse modo, mesmo eu vangloriando As Crônicas Vampirescas que já fogem de diversos tabus do vampirismo, é de se esperar que eu simplesmente tenho vontade de crucificar Meyer de ponta cabeça e enterrar vivo todos os seus fãs. Possuindo agora um blog voltado especialmente para assuntos ligados ao terror, acho digno eu abandonar todos os meus preconceitos e resenhar esse obra que no mínimo é extremamente impactante no mundo vampírico.
Devo alertar que li apenas metade do primeiro livro (não aguentei ler o resto, a narrativa é mais infantil e seca que Turma da Mônica) e assisti a três ou quatro filmes da saga. Porém, antes de escrever o Post, fiz questão de ler friamente milhares de resenhas ignorando o teor pessoal que um fã ou hater empregou na mesma, e li o roteiro de todos os filmes.
Primeiro quero focar atenção especial à estética de Bella. A aparência é o cartão de visitas, e portanto uma amostra do aspecto interior do indivíduo. Deve-se levar em consideração aspectos internos que deverão ser refletidos externamentos. Estamos falando de um rapaz entediado? Mãos nos bolsos podem demonstrar isso. Alguém desconfiado, por sua vez, pode estar sempre com o cenho franzido, e assim por diante. Enfim, não li muito dos livros, mas pelo que vi, Bella é linda. Uma guria desleixada como ela em hipótese alguma deveria ter os cabelos asseados e penteadinhos, visando que decerto não dá muita bola para tais coisas. E quanto à pele pálida? Devo lembrar que ela veio de um lugar ensolarado... O corpinho perfeito para quem vive esperando morrer não é muito válido, também. Isso porque não quero enfatizar o quão estúpido é o fato de ela estar sempre com quilos de lápis de olho e maquiagem, nos filmes...
Agora vamos ao psicológico. Stephenie Meyer simplesmente conseguiu juntar todas as inseguranças femininas e defeitos numa única personagem, deixando Bella Swan sem nenhuma qualidade sequer. Foi-se o tempo da Mary Sue, agora a moda é fazer gente perdedora tornando-se inexplicavelmente a heroína da história, namorada de um ser sobrenatural (super cobiçado), enfim, poderosa! Vimos Tolkien usando a tática na maioria de seus livros (li absolutamente todos e, embora não me considere fã de Tolkien, não nego a engenhosidade do autor), e não lembro onde ouvi ele dizer que gostava de fazer seus heróis sendo hobbits, pois ninguém esperava algo grandioso de um ser tão pequenino. (...) Bonito ponto de vista, que pode ser muito bem trabalhado e fazer o leitor torcer para o hobbit, considerado um inútil, ser reconhecido no final. Chega a ser emocionante... Mas convenhamos que Tolkien era talentoso, ao contrário de Meyer, ele soube fazer isso sem parecer forçado. Bella é simplesmente uma pateta que magicamente vira o alvo amoroso de um vampiro; no que isso emociona o leitor, se este tiver mais de dez anos e não gostar de contos de fadas românticos?
Está tudo bem acrescentar seus próprios detalhes e fantasias ao livro que vós escreve, mas sinceramente, permitir que criaturas mitologicamente descritas em todas as culturas há milênios como incapazes de enfrentar a luz solar sair em pleno meio-dia, é no mínimo babaquice. Se o intuito ao trabalhar com determinada criatura é tirar seu ponto principal, que é os danos causados pelo sol, por que raios a escolheu como foco de seu livro? É o mesmo que pássaros sem asas, sol que aparece à noite, zumbis vivos; totalmente ilógico! As aves são reconhecidas como aves justamente porque podem voar, entende meu ponto?
Uma coisa é fazê-los tolerar minimamente o sol, como já vimos em diversos bons livros, outra é dizer que eles podem sair livremente sob o sol escaldante do inferno, mas o evitam apenas porque... brilham demais e um transeunte aleatório pode perceber que eles não são humanos. O mesmo vale para os lobisomens depilados. A cena mais ridícula que vi numa televisão foi Jacob tirando a camisa com aquele peito lisinho. O que os lobisomens de Meyer são? Uma espécie nova de cachorros oriundas de gatos Sphynx?
Meyer basicamente abriu as portas para idiotas diurnos se chamarem de vampiros. A culpa não é completamente da moça, visando que True Blood, por exemplo, é mais antigo. O problema é que sua obra assumiu uma dimensão universal e introduziu uma quantia preocupante de adolescentes a um suposto mundo vampírico, fazendo com que agora qualquer recém-saído das fraldas ouse se dizer adorador do mesmo. Algo que acho imprescindível é como cada vez mais e mais aparecem bebedores de sangue diurnos e ninguém mais se surpreende, pois isso já está empregado na cultura graças a Meyer. Aconteceu em Dark Shadows (2012) de Tim Burton. Aumentando o nível da tragédia que é a porcaria Dark Shadows, pouca gente sabe, mas o filme foi baseado numa saga super popular em tempos mais longínquos da idade das câmeras monocromáticas, e eis que Burton joga o pobre Barnabas à luz do dia sem nenhum pudor!
(...)
Sofri muita gozações na escola devido a minha paixão pelos seres noturnos, e muitos até chegaram a me ridicularizar devido à cor pálida de minha pele. Quando Crepúsculo se tornou famoso, uma horda de hipócritas que muitas vezes já me destratou logo começou a se insinuar para mim querendo fazer amizade, afinal temos interesses em comuns. Os mesmos que riam da minha palidez agora soltavam elogios referentes a ela. Enfim, gente, hipocrisia tem limites, por favor...!
Hoje sou uma pessoa que tem até certo receio de se assumir como fã de vampiros, principalmente a desconhecidos, pois agora eles são amplamente estigmatizados como algo exclusivo para adolescentes e pessoas infantis...
Mesmo o cunhado do irmão do primo de terceiro grau do vizinho da tia do dono do mercadinho da esquina deve ter ao menos uma impressão do meu fanatismo por vampiros. Li A Rainha dos Condenados de Anne Rice por volta dos onze anos, e lembro muito bem que meus livrinhos infantes eram a grande maioria de terror, abordando especialmente bebedores de sangue (e bruxinhas, mas isso é assunto para outro post). Desse modo, mesmo eu vangloriando As Crônicas Vampirescas que já fogem de diversos tabus do vampirismo, é de se esperar que eu simplesmente tenho vontade de crucificar Meyer de ponta cabeça e enterrar vivo todos os seus fãs. Possuindo agora um blog voltado especialmente para assuntos ligados ao terror, acho digno eu abandonar todos os meus preconceitos e resenhar esse obra que no mínimo é extremamente impactante no mundo vampírico.
Devo alertar que li apenas metade do primeiro livro (não aguentei ler o resto, a narrativa é mais infantil e seca que Turma da Mônica) e assisti a três ou quatro filmes da saga. Porém, antes de escrever o Post, fiz questão de ler friamente milhares de resenhas ignorando o teor pessoal que um fã ou hater empregou na mesma, e li o roteiro de todos os filmes.
1 - Bella é uma idiota.
Primeiro quero focar atenção especial à estética de Bella. A aparência é o cartão de visitas, e portanto uma amostra do aspecto interior do indivíduo. Deve-se levar em consideração aspectos internos que deverão ser refletidos externamentos. Estamos falando de um rapaz entediado? Mãos nos bolsos podem demonstrar isso. Alguém desconfiado, por sua vez, pode estar sempre com o cenho franzido, e assim por diante. Enfim, não li muito dos livros, mas pelo que vi, Bella é linda. Uma guria desleixada como ela em hipótese alguma deveria ter os cabelos asseados e penteadinhos, visando que decerto não dá muita bola para tais coisas. E quanto à pele pálida? Devo lembrar que ela veio de um lugar ensolarado... O corpinho perfeito para quem vive esperando morrer não é muito válido, também. Isso porque não quero enfatizar o quão estúpido é o fato de ela estar sempre com quilos de lápis de olho e maquiagem, nos filmes...
Agora vamos ao psicológico. Stephenie Meyer simplesmente conseguiu juntar todas as inseguranças femininas e defeitos numa única personagem, deixando Bella Swan sem nenhuma qualidade sequer. Foi-se o tempo da Mary Sue, agora a moda é fazer gente perdedora tornando-se inexplicavelmente a heroína da história, namorada de um ser sobrenatural (super cobiçado), enfim, poderosa! Vimos Tolkien usando a tática na maioria de seus livros (li absolutamente todos e, embora não me considere fã de Tolkien, não nego a engenhosidade do autor), e não lembro onde ouvi ele dizer que gostava de fazer seus heróis sendo hobbits, pois ninguém esperava algo grandioso de um ser tão pequenino. (...) Bonito ponto de vista, que pode ser muito bem trabalhado e fazer o leitor torcer para o hobbit, considerado um inútil, ser reconhecido no final. Chega a ser emocionante... Mas convenhamos que Tolkien era talentoso, ao contrário de Meyer, ele soube fazer isso sem parecer forçado. Bella é simplesmente uma pateta que magicamente vira o alvo amoroso de um vampiro; no que isso emociona o leitor, se este tiver mais de dez anos e não gostar de contos de fadas românticos?
2 - Edward é também um idiota.
Quanto à cabeça de Edward, como minha amada Anne Rice comentou certa vez "(...) Que imortal passaria seu tempo indo para a escola de novo e de novo desse jeito? Vá para Katmandu ou Memphis ou Rio de Janeiro ou Roma! Mas é uma tirada de gênio, porque isso agradou milhões de crianças (...)" Isso define tudo o que eu poderia falar da idiotice que levam os Cullens a gastarem o tempo eterno deles ficando na escola, enquanto nós, mortais, mal vemos o tempo dessa fase passar! Acho que, enfatizando o que Rice disse, é válido lembrar que o fato dessa tirada fazer tanto sucesso entra as crianças é a utopia que permeia em suas cabecinhas de que elas mesmas podem encontrar um vampiro no recreio, quem sabe?
Todos sabem que os Cullen não bebem sangue humano e vivem saltando de árvore em árvore pulos fantásticos, mas saiba que muitos haters estão equivocados em criticar esses aspectos.
Nos anos 80, os cineastas de Hong Kong passaram a empregar diversos aspectos do folclore chinês em seus filmes, dentre eles destacam-se os vampiros salteadores - vampiros que trajavam roupas largas e se locomoviam pulando. Alguns filmes que os abordam, dignos de nota, são: Pao Dan Fei Che (A trilha, 1983), Love me Vampire (1986), Vampire's Breakfast (1986), Spooky Family (1989) e muitos outros. Mesmo Anne Rice descreve a capacidade sobrenatural dos pulos vampíricos, e o mesmo ocorre no RPG Vampiro a Máscara.
Quanto ao sangue, ingeri-lo somente de animais não é nenhuma surpresa. Ainda citando Anne Rice, Louis de Pointe du Lac, um vampiro com extrema humanidade dentro de si (considerado por outros das Crônicas o mais fraco entre eles), recusava-se a beber sangue humano nas primeiras noites após ser transformado por Lestat, e se alimentava principalmente de ratos e pequenos animais; Lestat, quando foi traído e jogado ao pântano pela filha dele e de Louis, Claudia, revigorou-se e curou-se graças ao sangue dos crocodilos que passavam pelas proximidades.
Lembro também de ter lido um livro inteiro sobre um vampiro super clássico dos anos 50 quando era criança, mas infelizmente não me recordo do nome agora. Ainda há um mito de quando Vasco da Gama arribou ao porto de Quelimane, deparou-se com estranhos cultos, que perduraram até bem dentro do século XVII, de seres sobrenaturais que saiam durante a noite para se alimentarem do sangue de pessoas e animais. Enfim, também não gosto de Crepúsculo (muito pelo contrário) mas é sempre bom saber o que se critica.
Quero comentar sobre o fato deles não dormirem. Pode parecer algo irrelevante, tanto que nunca vi haters comentando sobre, mas gente!!!!!, que espécie de criatura não dorme?! Até eu que sou insone e passo tranquila e comumente dois dias de olhos abertos preciso dormir de vez em quando, até usuários de metanfetaminas e cocaína roncam uma vez a cada quatro dias, até Hitler e Napoleão precisavam dormir! Sinceramente se eu fosse um desses vampiros do Crepúsculo, mal passados dois anos me mataria por não poder repousar... O repouso é simplesmente o momento de desligar-se do mundo, a pequena e única conexão que os pobres bebedores de sangue têm com o mundo astral, visando que geralmente são privados de quaisquer interações com espíritos e etc...! Como viver quando tem-se que ficar toda a eternidade presa na realidade?! Fora que é extremamente charmoso e característico o uso de ataúdes.
Foi algum espanto que fiquei ciente de que os vampiros de Crepúsculo vivem em família, moram numa cidade nas montanhas e integram-se à comunidade. Esse é um dos fatos mais desconcertantes da saga, afinal, que espécie de ser reuniria-se e permaneceria junto ao bando como os Cullen? A natureza dos bebedores de sangue é solitária, não são como uma matilha de lobos parvos que precisa um dos outros para sobreviver. Me diga se você, sendo um vampiro, aguentaria passar cada segundo ao lado de seus amiguinhos? Ninguém aguenta uma coisa por toda a eternidade! Um livro que aborda bem o fato é A Rainha dos Condenados; no final,os heróis, que se amam infinitamente, vão morar todos juntos na ilha paradisíaca de Armand, e acabam abandonando o local aos poucos, um por um. Mesmo a mãe mortal de Lestat, Gabrielle, transformada pelo próprio filho, não hesita em viver sua própria vida nos confins da África ou Amazônia.
Eles sabem que provavelmente se verão novamente, em algum momento da eternidade. Vale lembrar que em toda a literatura vampírica, é muito raro os pupilos permanecerem juntos de seu mestre após estarem circunspetos.
Em minha opinião, uma das maiores gafes da história. Muitos vampiros são descritos como sequer capazes de produzir água; soam sangue, choram sangue, salivam sangue. Eu e os milhares de pessoas cientes desse estúpido fato, ainda nos perguntamos como raios um morto produziu esperma. Outro ponto instigante a respeito disso, é que a filha deles já nasceu vampira, mas cresceu até uma certa idade e depois parou, tornando-se uma eterna jovem. Alguém me diz por que ela já não teve o desenvolvimento físico cessado logo quando era uma recém-nascida, ou ainda mais plausível, por que não nasceu morta? Ah, melhor! Como raios ela simplesmente nasceu?
Particularmente aprecio a visão de Rice de que vampiros não fazem sexo, pois de acordo com a autora, a transformação faz com que os órgãos sexuais deixem de ser funcionais - uma das melhores revoluções literárias sobre as criaturas, penso eu, afinal, é de conhecimento geral que eles não têm gametas. No lugar do sexo, utilizam a troca de sangue entre eles como uma relação muito mais poderosa e prazerosa. Soa ou não bem mais interessante do que uma mera sensação disponível aos mortais de simples atrito?
3 - Vampiros saltitantes?
Todos sabem que os Cullen não bebem sangue humano e vivem saltando de árvore em árvore pulos fantásticos, mas saiba que muitos haters estão equivocados em criticar esses aspectos.
Nos anos 80, os cineastas de Hong Kong passaram a empregar diversos aspectos do folclore chinês em seus filmes, dentre eles destacam-se os vampiros salteadores - vampiros que trajavam roupas largas e se locomoviam pulando. Alguns filmes que os abordam, dignos de nota, são: Pao Dan Fei Che (A trilha, 1983), Love me Vampire (1986), Vampire's Breakfast (1986), Spooky Family (1989) e muitos outros. Mesmo Anne Rice descreve a capacidade sobrenatural dos pulos vampíricos, e o mesmo ocorre no RPG Vampiro a Máscara.
4 - Vampiros vegetarianos?
Quanto ao sangue, ingeri-lo somente de animais não é nenhuma surpresa. Ainda citando Anne Rice, Louis de Pointe du Lac, um vampiro com extrema humanidade dentro de si (considerado por outros das Crônicas o mais fraco entre eles), recusava-se a beber sangue humano nas primeiras noites após ser transformado por Lestat, e se alimentava principalmente de ratos e pequenos animais; Lestat, quando foi traído e jogado ao pântano pela filha dele e de Louis, Claudia, revigorou-se e curou-se graças ao sangue dos crocodilos que passavam pelas proximidades.
Lembro também de ter lido um livro inteiro sobre um vampiro super clássico dos anos 50 quando era criança, mas infelizmente não me recordo do nome agora. Ainda há um mito de quando Vasco da Gama arribou ao porto de Quelimane, deparou-se com estranhos cultos, que perduraram até bem dentro do século XVII, de seres sobrenaturais que saiam durante a noite para se alimentarem do sangue de pessoas e animais. Enfim, também não gosto de Crepúsculo (muito pelo contrário) mas é sempre bom saber o que se critica.
5 - Eles não dormem!
Quero comentar sobre o fato deles não dormirem. Pode parecer algo irrelevante, tanto que nunca vi haters comentando sobre, mas gente!!!!!, que espécie de criatura não dorme?! Até eu que sou insone e passo tranquila e comumente dois dias de olhos abertos preciso dormir de vez em quando, até usuários de metanfetaminas e cocaína roncam uma vez a cada quatro dias, até Hitler e Napoleão precisavam dormir! Sinceramente se eu fosse um desses vampiros do Crepúsculo, mal passados dois anos me mataria por não poder repousar... O repouso é simplesmente o momento de desligar-se do mundo, a pequena e única conexão que os pobres bebedores de sangue têm com o mundo astral, visando que geralmente são privados de quaisquer interações com espíritos e etc...! Como viver quando tem-se que ficar toda a eternidade presa na realidade?! Fora que é extremamente charmoso e característico o uso de ataúdes.
6 - A questão da família Cullen
Foi algum espanto que fiquei ciente de que os vampiros de Crepúsculo vivem em família, moram numa cidade nas montanhas e integram-se à comunidade. Esse é um dos fatos mais desconcertantes da saga, afinal, que espécie de ser reuniria-se e permaneceria junto ao bando como os Cullen? A natureza dos bebedores de sangue é solitária, não são como uma matilha de lobos parvos que precisa um dos outros para sobreviver. Me diga se você, sendo um vampiro, aguentaria passar cada segundo ao lado de seus amiguinhos? Ninguém aguenta uma coisa por toda a eternidade! Um livro que aborda bem o fato é A Rainha dos Condenados; no final,os heróis, que se amam infinitamente, vão morar todos juntos na ilha paradisíaca de Armand, e acabam abandonando o local aos poucos, um por um. Mesmo a mãe mortal de Lestat, Gabrielle, transformada pelo próprio filho, não hesita em viver sua própria vida nos confins da África ou Amazônia.
Eles sabem que provavelmente se verão novamente, em algum momento da eternidade. Vale lembrar que em toda a literatura vampírica, é muito raro os pupilos permanecerem juntos de seu mestre após estarem circunspetos.
7 - De onde raios saiu aquele bebê maldito?!
Em minha opinião, uma das maiores gafes da história. Muitos vampiros são descritos como sequer capazes de produzir água; soam sangue, choram sangue, salivam sangue. Eu e os milhares de pessoas cientes desse estúpido fato, ainda nos perguntamos como raios um morto produziu esperma. Outro ponto instigante a respeito disso, é que a filha deles já nasceu vampira, mas cresceu até uma certa idade e depois parou, tornando-se uma eterna jovem. Alguém me diz por que ela já não teve o desenvolvimento físico cessado logo quando era uma recém-nascida, ou ainda mais plausível, por que não nasceu morta? Ah, melhor! Como raios ela simplesmente nasceu?
Particularmente aprecio a visão de Rice de que vampiros não fazem sexo, pois de acordo com a autora, a transformação faz com que os órgãos sexuais deixem de ser funcionais - uma das melhores revoluções literárias sobre as criaturas, penso eu, afinal, é de conhecimento geral que eles não têm gametas. No lugar do sexo, utilizam a troca de sangue entre eles como uma relação muito mais poderosa e prazerosa. Soa ou não bem mais interessante do que uma mera sensação disponível aos mortais de simples atrito?
8 - A questão de vampiros diurnos
Está tudo bem acrescentar seus próprios detalhes e fantasias ao livro que vós escreve, mas sinceramente, permitir que criaturas mitologicamente descritas em todas as culturas há milênios como incapazes de enfrentar a luz solar sair em pleno meio-dia, é no mínimo babaquice. Se o intuito ao trabalhar com determinada criatura é tirar seu ponto principal, que é os danos causados pelo sol, por que raios a escolheu como foco de seu livro? É o mesmo que pássaros sem asas, sol que aparece à noite, zumbis vivos; totalmente ilógico! As aves são reconhecidas como aves justamente porque podem voar, entende meu ponto?
Uma coisa é fazê-los tolerar minimamente o sol, como já vimos em diversos bons livros, outra é dizer que eles podem sair livremente sob o sol escaldante do inferno, mas o evitam apenas porque... brilham demais e um transeunte aleatório pode perceber que eles não são humanos. O mesmo vale para os lobisomens depilados. A cena mais ridícula que vi numa televisão foi Jacob tirando a camisa com aquele peito lisinho. O que os lobisomens de Meyer são? Uma espécie nova de cachorros oriundas de gatos Sphynx?
9 - The Dracula Museum sequer conhece Crepúsculo
Recentemente fiz um post sobre The Dracula Museum, fundado em 1990 em New York por Jeanne Keyes Youngson, presidenta do respeitadíssimo The Count Dracula Fan Club (1965). O museu abriga toda parafernália, conteúdo e informações que você possa imaginar sobre vampiros, incluindo um grande acervo de estatuetas e fotos autografadas da maioria dos ícones vampíricos do teatro e cinema. Consegue adivinhar se há um ínfimo e minúsculo item relacionado a Meyer lá dentro...?
O fato da fundadora do maior fan club contemporâneo de bebedores de sangue não dar a mínima importância para Crepúsculo, sequer citar alguma vez tal nome em entrevistas e comentários, apenas enfatiza que os sérios devotos do vampirismo mal têm conhecimento da saga e a ignoram completamente - assim como eu, que nunca comentei antes de Crepúsculo senão neste post. É como eu digo, sou fã de vampiros, e não me interessa isso que é vendido como vampiro e que não o é realmente. Por que há de me incomodar se sequer trata de vampiros?
(...)
Não gosto lá do Stephen King. Era super fã do autor até meus treze anos (aliás estou vendendo vários livros dele novíssimos, se quiser me contatar...) mas acho plenamente verossímil isso que ele disse: "Crepúsculo é para pré-adolescentes. Não são livros sobre vampiros ou lobisomens. Eles são sobre como o amor de uma garota pode transformar um cara mau em um cara bom".(...)
10 - Parabéns, você estragou uma cultura milenar e toda a nossa moral.
(...)
Sofri muita gozações na escola devido a minha paixão pelos seres noturnos, e muitos até chegaram a me ridicularizar devido à cor pálida de minha pele. Quando Crepúsculo se tornou famoso, uma horda de hipócritas que muitas vezes já me destratou logo começou a se insinuar para mim querendo fazer amizade, afinal temos interesses em comuns. Os mesmos que riam da minha palidez agora soltavam elogios referentes a ela. Enfim, gente, hipocrisia tem limites, por favor...!
Hoje sou uma pessoa que tem até certo receio de se assumir como fã de vampiros, principalmente a desconhecidos, pois agora eles são amplamente estigmatizados como algo exclusivo para adolescentes e pessoas infantis...
Após muitas reflexões, ao vivo, compartilhando minha opinião junto ao autor deste post. Posso afirmar que de muitas criticas direcionadas á escritora de ''Crepúsculo'' são consideradas hipócritas pelo simples motivo de criticarem uma cultura já usada a muito e que de outro ponto de vista foi aplicada em algumas partes da trilogia. Sendo assim, existem muitas verdades sobre os ''vampiros vegetarianos'', e muitas teorias sobre os mesmos ''diurnos''. Parabéns pela opinião própria e não ter sido mais uma mente alienada pela mídia contaminada e cega pela própria ganancia.
ResponderExcluirObrigado, minha diva. <3
ExcluirSó um adendo...Jacob (e cia) NÃO são lobisomens, são pessoas que se transformam em lobo (pode ser sutil, mas tem uma diferença), tando que no final do 4º livro e "revelado" que os lobisomens vivem (ou viviam) na Rússia.
ResponderExcluirPara ser sincera gosto da saga um pouco. Jacob e sua matilha não são lobisomens e sim se transformam em lobos. Agora não compreendo essa de vampiro não poderem dormir até porque em The Vampire Diaries eles dormem perfeitamente mas bom acho que eles não acabaram com a cultura , eles me fizeram gostar aí da mas da cultura acho que a Stefano Meyer apenas quis sair um pouco dos vampiro hipócritas que são na lenda e sim quis criar um novo mundo apenas. Eu adoro a Saga , ela me fez querer pesquisar mais sobre lendas mitologicas
ResponderExcluirOdeio háters kkkkkkk ficam falando merda sem saberem exatamente e lerem todos os livros e verem os filmes kk
ResponderExcluirEu parabenizo muito a autora da saga, pois ela teve uma visão diferente sobre os vampiros, se pesquisarem sobre isso vão ver que vampiros de livros, séries, não são sempre EXATAMENTE iguais, A autora só quis ter uma história única. A Saga Crepúsculo é uma das minhas séries favoritas, e além de abordar o tema sobre vampiros (que eu adoro <3) traz ainda um romance,que pra muita gente foi lindo.
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