Não é de hoje que sinto o desejo de tentar mostrar ao mundo a perfeição em forma de jogo que é Silent Hill, que tenho vontade de escrever milhares de palavras com o intuito de tentar abrir os olhos alheios para a terrificante e sucinta verdade por trás dos monstros e clima bizarro que não apenas compõem um fantástico jogo de terror, mas uma das mais belas e ricas obras da qual tenho conhecimento.
Mas nem em seu próprio interior você estaria salvo, muito pelo contrário! Uma hora teria que enfrentar seus problemas, não é? Você estará metaforicamente no "mundo alternativo" quando quando deixar seus problemas te dominarem, quando passar de estado emocional passivo para um agressivo, desesperado, temeroso. O problema é que, devido a todo o fortíssimo teor problemático da cidade intimamente vinculado com o sobrenatural, não é numa metáfora que os felizardos que lá estão irão ao "mundo alternativo"; sendo uma cidade turística e tão densa em questão de energias distorcidas, ela leva as pessoas literalmente para dentro de suas mentes...
Além de acoplar elementos do protagonista em questão, há muito influência de Alessa no "mundo alternativo", principalmente no primeiro e terceiro jogo. No primeiro, pode-se considerar o mundo alternativo fruto da mente atormentada de Alessa, sendo oriundo de seu sofrimento e dos poderes de Samael. Por isso é tão cheio de corpos amarrados iguais a Alessa no hospital, cadeiras de rodas, que é como a Alessa era levada de um lado ao outro, e de ventiladores e sirenes. Por que ventiladores e sirenes? Fique preso anos numa sala com o zum-zum-zum de um ventilador de circulação e sirenes de hospital e tente não ficar de saco cheio deles... Outra criatura comum são as baratas, chamadas de “Creepers”, que são manifestações do medo de Alessa por insetos.
Sobre a produção
Silent Hill (サイレントヒル) é uma série que compreende oito jogos principais que não seguem uma cronologia fixa, jogos paralelos, dois filmes e quatro livros. No post de hoje falaremos especificamente do primeiro jogo.
Team Silent foi o nome da equipe que era responsável por desenvolver os jogos da série Silent Hill, publicados pela Konami, com exceção de Origins e Homecoming.
Infelizmente os membros da Team Silent estão atualmente trabalhando em projetos separados, embora não tenham se separado oficialmente. Alguns dos integrantes da Team Silent foram para a Team Siren, equipe produtora da série Siren, da Sony. O único remanescente na série atualmente é o louvável Akira Yamaoka, produtor do quarto jogo e compositor da maior parte da trilha sonora.
A saída da Team Silent é um bom motivo para eu detestar os jogos novos que levam o nome Silent Hill. Até pouco tempo atrás não sabia que não era deles a autoria dos novos jogos, mas os detestei assim que dei play, e não me surpreendi nem um pouquinho quando descobri a triste notícia. Aliás, parece que nem o Yamaoka mais estão deixando fazer as músicas...
Informações técnicas
Jogos - Silent Hill (1999), Silent Hill 2 (2001), Silent Hill 3 (2003), Silent Hill 4: The Room (2004), Silent Hill: Origins (2007), Silent Hill: Homecoming (2008), Silent Hill: Shattered Memories (2010), Silent Hill: Downpour (2012)
Livros - Lost Memories, Drawing Block: Silent Hill 3 Program, Silent Hill
Romances - Silent Hill: Play Novel, Art of Silent Hill, Lost Memories: The Art and Music of Silent Hill, Inescapable rain in Yoshiwara, Silent Hill Experience, The Silent Hill: Cage of Cradle, Silent Hill: The Arcade, Silent Hill: Double Under Dusk, Silent Hill: The Escape, Silent Hill: Mobile/Orphan, Silent Hill Mobile 2/Orphan 2
Quadrinhos - Silent Hill
Filmes - Silent Hill, Silent Hill: Revelation 3D
A genialidade da série
Confesso que agora que finalmente tomei vergonha na face para tentar cumprir esse meu desejo, visando que agora tenho um blog de horror e tenho todos os pretextos necessários para falar de Silent Hill, não encontro palavras para tal. (...) Escrevo enquanto ouço a trilha sonora e sugiro que façam o mesmo clicando aqui para ouvir a playlist, se quiserem experimentar o clima melancólico no qual me encontro. Acontece que é um desejo tão antigo e íntimo que não pensava realmente concretizá-lo, e agora que estou o fazendo, mal sei por onde começar.
Vou, antes de mais nada, levar ao conhecimento do leitor o fato de eu e meu irmão sermos viciados em Silent Hill 1 por volta dos nossos seis ou sete anos. Era bem engraçada nossa situação; tinhámos pavor de jogar após escurecer e jogávamos apenas até umas seis da tarde, nos limitando a joguinhos mais brandos (Soul Reaver, MediEvil, Jersey Devil, falarei deles em outro post da Seção Nostalgia) após o sol se pôr.
O tempo passou e veio o Orkut, e com ele a comunidade Contos de Silent Hill. O pessoal postava contos realmente bizonhos (pretendo selecionar e trazer um bom para cá antes do Orkut sair do ar), e aí eu e meu irmão começamos a perceber que Silent Hill era mais do que um negócio sinistro que destroçava nossas noites com memórias perturbadoras... Crescíamos, jogávamos agora o 2, 3 e 4 do Playstation 2, e conforme amadureciámos tornava-se evidente que em algum lugar deveria haver uma história por trás de tudo aquilo.
Finalmente descobrimos o livro Lost Memories (download aqui) por volta de 2006, e tudo ficou claro. Ou na medida do possível, já que estamos falando de Silent Hill...
Na minha opinião Silent Hill é a série de jogos de horror mais bem feita de todos os tempos. Não digo isso por possuir fortes vínculos emocionais com os jogos que basicamente construíram minha infância., mas sim por uma série de fatores a incluir desde a excepcional trilha sonora composta pelo genial Akira Yamaoka (cantada por Mary Elizabeth McGlynn e Joe Romersa) à fantástica e fascinante história que é uma das mais complexas e incríveis que já vi.
Um fator interessante a ser ressaltado é o fato da obra juntar profissionalmente elementos das mais variadas gamas de modo extremamente fiel - elementos tais que frequentemente passam despercebidos ou são tidos levianamente como ficção, mas na realidade são frutos de estudos muito profundos, como por exemplo as figuras de evocação e nomes de Demônios que realmente são fidedignos à Magia ocidental.
É algo de tamanha profundidade em seus detalhes que chega a ser cansativo para quem gosta de Hollywood não gosta de absorver muita informação ou refletir muito sobre o que está vendo. De acordo com a teoria do livro Lost Memories, cada aberração, vulto, cenário, e o que mais estiver representado na tela serve como metáfora intimamente ligada à história. Tudo tem um sentido, motivo para ali estar, e verdade por trás de sua aparência. (...) Perdoe a interrupção, mas isso me lembra um pouco Mononoke, que é um dos únicos animes na face da Terra que conseguiu me fisgar. Digamos que aprecio de maneira quase patológica esse lance de motivos e figuras de linguagem, e Silent Hill é recheado delas.
Tal como eu citei a fiel representação dos simbolos da Magia Ociental, ressalto que a trama é criada tendo várias inspirações em filmes, livros e séries de horror. Há também alguma base em teorias de parapsicologia e filosofia (na minha humilde opinião Niilismo corre solto lá!). Podemos encontrar várias sacadas geniais andando pela cidade que fazem qualquer pessoa mais culta sorrir; as ruas da cidade levam nomes de autores ou figuras relacionadas ao horror, cientistas e filósofos (Mary Shelley, Clive Barker, Stanley Kubrick, Nathaniel Hawthorne, Carl Sagan, veja mais aqui), o apartamento 213 de Andy como uma claríssima referência ao 213 de Jeffrey Dahmer, além de muito mais coisas que você poderá descobrir prestando bastante atenção aos detalhes, lendo o livro Lost Memories e também relacionando obras que inspiraram as séries. No meu caso fiz e continuamente faço tudo isso, mas sempre acho que há muitas outras coisas que ainda não percebi, já que Silent Hill parece uma imensa teia de aranha que te envolve e nunca mais acaba...
Fundamentos da história
O seguinte trecho foi extraído da Wikipedia:
Considera-se que o pensamento humano tem uma certa energia psíquica que é forte de acordo com o poder do pensamento. Essa energia é capaz de se manifestar no ambiente em volta da pessoa, em geral, ou em outras pessoas, em particular.
Uma experiência feita por Masaru Emoto, apesar de não comprovada cientificamente, mostra que cristais de água pura tinham estruturas que se apresentavam diferentemente de acordo com o pensamento a que era submetida. A forma dos cristais era bela ou feia, dependendo se o pensamento era positivo ou negativo, respectivamente. Em outras palavras, as consequências da atividade psíquica de uma pessoa não são limitadas apenas a si, podendo haver efeitos externos. Essa força psíquica pode ser acumulada num ambiente e alterá-lo psicologicamente de acordo com o caráter do pensamento.
Baseado nisso, criaram o "mundo alternativo" ou "das sombras" dos jogos. Esses mundos são reflexos dos pensamentos e emoções do personagem ou personagens em questão no jogo. Além do "mundo alternativo" os monstros também são reflexos do estado emocional dos protagonistas.
O "outro mundo" que os protagonistas encontram (com as paredes pulsando e criaturas a espreita), pode ser entendida como sendo manifestações físicas da escuridão das mentes deles, de outros personagens e de pessoas há muito tempo mortas. Simplificando, a cidade pode possivelmente estar na mente dessas pessoas.
Desde cedo amaldiçoada...
Antes da chegada dos colonizadores ingleses a área era um lugar sagrado, onde os nativos indígenas americanos conduziam rituais religiosos e referenciavam o lugar como "o local dos espíritos silenciados" - possivelmente o que geraria o nome Silent Hill (Colina Silenciosa) séculos mais tarde.
Só em meados de 1607 os colonos ocupariam o território de Silent Hill, mas aproximadamente cem anos depois acontece uma terrível epidemia na cidade e os habitantes a abandonam.
Quando estoura a Guerra de 1812 o lugar é repovoado como uma sede de prisioneiros; então a Prisão Silent Hill (um dos locais do segundo jogo) é construída. Muitas pessoas morreram nessa terra e por causa dos pensamentos e sentimentos dos prisioneiros a energia já pouco branda da cidade foi gradualmente fortificada e distorcida.
Uma nova epidemia ocorre e o Hospital Brookhaven é construído para contê-la.
Por volta de 1840 a Prisão Silent Hill é fechada e sobre esse terreno é construída a Sociedade Histórica de Silent Hill, que reúne documentos e obras de artes da origem da cidade.
Em 1862 o campo de prisão Toluca foi construído para prisioneiros de guerra. Entre 1865 e 1866 é o ponto máximo da Guerra Civil e o Campo de prisão é transformado na Prisão Toluca.
Em torno de 1890 não há mais nenhum nativo americano por ali, pois décadas antes eles passaram a ser forçosamente retirados de lá.
Em Silent Hill, pessoas começam a desaparecer.
No começo do Século XX a Prisão Toluca é fechada e a mina de carvão Wiltse que enriquecia o local pega fogo misteriosamente. Com isso, Silent Hill se torna uma cidade turística em decadência. Em Novembro de 1918, num dia nublado, um barco chamado Pequena Baronesa desaparece no lago e, desde então, nunca mais se teve pistas nem da embarcação, nem dos catorze tripulantes e turistas.
A partir de 1939, estranhos incidentes ocorreram no Lago Toluca e algumas pessoas diziam ver mãos esqueléticas saindo da água para tentar agarrar os barcos que passavam. Durante uma data desconhecida, o prefeito de Silent Hill morre de repente e os integrantes da equipe de desenvolvimento turístico da cidade morrem um a um, em acidentes.
A base do Silent Hill 1
É aqui que enfatizo... SPOILERS. SPOILERS. SPOILERS. MUITOS, MUITOS SPOILERS.
Não se intimidou? Ótimo, pois essa é possivelmente a parte mais interessante da postagem.
Sabemos que antes de Silent Hill ser colonizada os nativos veneravam um Deus. Segundo o mito, as pessoas viviam em enterna tristeza, eram imortais e não tinham noção do tempo. Então um homem e uma mulher fizeram um pedido e O Deus foi criado, dando a eles noção de tempo e tornando-os mortais. Esse Deus era conhecido como "deus do paraíso", “the sun God”, “Lord of Serpents and Reeds”, “The Crimson One”, ou mais precisamente, Xuchilpaba ou Xuchilbara. Devido às interferências dos colonizadores seu nome foi trocado de para Samael (segundo o documento About syncretic religions, presente no terceiro jogo). Muitos podem chamá-lo de demônio, outros de Deus, mas como Vincent disse uma vez: o nome que se dá não é importante. O importante é que apenas Ele pode acabar com o sofrimento humano.
Além de transformar o mundo no que é hoje, Samael também criou outros deuses e anjos. Alguns deles foram apresentados no terceiro jogo, como por exemplo o Red God, que possuía uma pirâmide rubra no lugar da cabeça (lembrou de alguém?) e o deus Lobsel Vith, the Yellow God.
Essa tribo também possuía sacrifícios humanos, uma cerimônia vermelha de sangue e uma cerimônia amarela de cremação, um para cada deus. Tais deuses e anjos têm apenas um propósito: ressuscitar Deus através de seus adoradores.
The Order (o culto baseado na antiga religião dos nativos) criou várias ramificações, cada uma adorando um dos deuses menores e, é claro, o deus Chefe, Samael. Apenas 3 foram apresentadas até o momento, são elas:
Sect of the Holy Woman: que adorava o yellow God, Lobsel Vith. Essa ramificação acreditava que ressuscitaria Deus através das chamas. Dahlia (Silent Hill 1) fazia parte desta ramificação.
Sect of the Holy Mother: que adorava o red God. Essa ramificação acreditava que ressuscitaria Deus através do sangue. Kurt Cobain Walter Sullivan (Silent Hill 4) fazia parte desta ramificação. Walter o via como "a grande mãe", e na minha opinião, embora seja uma história meio que "independente" da cidade, é o estopim de tristeza da série.
Sect of Valtiel: que adorava o anjo Valtiel/Metatron. Essa ramificação apenas ajudava as outras nas suas tentativas de ressuscitar Deus, atuando apenas como mediadores. Vincent (Silent Hill 3) fazia parte desta ramificação.
God ou Incubus são as personificações dos desejos da The Order para purificar o mundo, trazendo o "paraíso à terra", e para isso o Deus precisava vir ao mundo terreno.
Dahlia Gillespie, uma espécie de líder do culto, junto a outros seguidores, decidiu fazer o ritual que traria Samael, à vida. O ritual necessitava de uma mulher que pudesse gerar o embrião de Samael no corpo até seu nascimento, sendo alimentado por ódio e sofrimento que seriam incubados no âmago (da mulher). Alessa, filha de Dahlia, foi eleita. Ela era uma menina problemática em meios sociais, como fica explícito no primeiro jogo quando Harry adentra a escola onde ela estudou, e com certos poderes paranormais.
No início a garota estava de acordo, mas posteriormente mudou de ideia e o ritual seguiria contra a sua vontade. O culto a queimou viva numa casa de modo a fazê-la sofrer e alimentar o embrião. Isso levou Alessa a necessitar de cuidados enquanto se recuparava, e obviamente não havia a possibilidade de mantê-la num hospial convencional, devido ao teor criminoso da coisa. Foi quando Dahlia conseguiu apoio de Michael Kaufmann, um médico e traficante de drogas.
Por que Kaufmann entrou na jogada? Segundo documentos encontrados na delegacia, em Silent Hill 1, havia uma séria investigação sobre o tráfico de drogas nas redondezas. Dahlia simplesmente matou todos os investigadores com magia negra. Em troca, Kaufmann lhe deu abrigo no porão do hospital.
Alessa, que até então estava no hospital e em sofrimento constante, mudou de idéia quanto ao paraíso que estava sendo prometido e resolveu evitar o nascimento de Samael. Então ela dividiu sua alma e a alma de Samael em duas metades, gerando Cheryl, de modo que o nascimento de Samael apenas ocorreria se as duas fossem reunidas. Cheryl apareceu numa beira de estrada quando um homem chamado Harry Mason e sua esposa doente acharam o bebê e o adotaram.
Como Alessa não era um paciente qualquer, uma única enfermeira foi obrigada a cuidar dela. Ela se chamava Lisa Garland. Kaufmann a viciou com suas drogas para mantê-la sobre controle e para garantir que não abriria a boca para autoridades. Lisa logo começou a apresentar depressão e outros problemas, grande parte devido às anormalidades que ela presenciava, causadas pela presença de Samael em Alessa.
Sete longos anos se passaram e Cheryl cresceu, enquanto Dahlia procurava por ela e Alessa era mantida viva pelo demônio e Lisa. A esposa de Harry havia falecido. Harry e Cheryl saíram de viagem por Silent Hill. É aí que começa o jogo, quando Alessa percebe a aproximação de Cheryl e tenta impedi-los de chegar à cidade se pondo à frente do carro. Obviamente não dá certo e Harry perde o controle, derrubando o carro pelo morro...
Sabe-se que até agora a figura não conseguiu despertar para este mundo com todo o seu poder, atente que em Silent Hill 1 o ritual é feito ás pressas, sem os cuidados necessários, em Silent Hill 3 quem origina a "deusa" não é o hospedeiro indicado. Por isso há razões para acreditar que quando a The Order conseguir trazer God para este mundo será o fim de tudo o que conhecemos.
Cidade turística?
Interessante como Silent Hill, de acordo com a história básica desde sua colonização acima, era uma cidade turística. Isso chama atenção ao fato evidenciado pelo blog Ironiaq:
...Imagine que Silent Hill é a sua pasárgada ou arcádia; lá é um lugar para suas memórias, uma cidade turística que apenas você pode entrar. O "mundo alternativo" representa, simbolicamente seu interior, sua mente. É para lá que você vai quando se sente com medo, quando se sente impotente para realizar alguma coisa ou tomar decisões; é lá que você vai procurar respostas, ou no caso, problemas. É o que explica o fato de TODOS os personagens nos jogos terem sido “chamados” para Silent Hill. Eles estavam com um "peso" maior do que podiam suportar...
Mas nem em seu próprio interior você estaria salvo, muito pelo contrário! Uma hora teria que enfrentar seus problemas, não é? Você estará metaforicamente no "mundo alternativo" quando quando deixar seus problemas te dominarem, quando passar de estado emocional passivo para um agressivo, desesperado, temeroso. O problema é que, devido a todo o fortíssimo teor problemático da cidade intimamente vinculado com o sobrenatural, não é numa metáfora que os felizardos que lá estão irão ao "mundo alternativo"; sendo uma cidade turística e tão densa em questão de energias distorcidas, ela leva as pessoas literalmente para dentro de suas mentes...
Além de acoplar elementos do protagonista em questão, há muito influência de Alessa no "mundo alternativo", principalmente no primeiro e terceiro jogo. No primeiro, pode-se considerar o mundo alternativo fruto da mente atormentada de Alessa, sendo oriundo de seu sofrimento e dos poderes de Samael. Por isso é tão cheio de corpos amarrados iguais a Alessa no hospital, cadeiras de rodas, que é como a Alessa era levada de um lado ao outro, e de ventiladores e sirenes. Por que ventiladores e sirenes? Fique preso anos numa sala com o zum-zum-zum de um ventilador de circulação e sirenes de hospital e tente não ficar de saco cheio deles... Outra criatura comum são as baratas, chamadas de “Creepers”, que são manifestações do medo de Alessa por insetos.
Conclusão
Silent Hill é realmente uma obra fascinante. Infelizmente não falei nem da metade do que pretendia hoje, mas estou formulando este post há pelo menos seis horas, e digamos que minha mente está se deteriorando. Me limitei a apresentar o básico do primeiro jogo, mas no futuro pretendo falar sobre os outros, também - especial o quarto, meu favorito depois do primeiro!
Indico a todos que leiam o livro Lost Memories (download aqui) caso queiram saber mais.
a maria/mary do segundo jogo eu nuca entendi o que significava aquilo, a maria era real??
ResponderExcluire o eddie porque foi a atraida para a cidade, e a laurel??
a propósito otimo blog!!
Na MINHA opinião a Maria não era real, era a personificação dos desejos enrustidos do sir James e da idealização que o mesmo queria que fosse tangível da própria esposa.
ExcluirEnfim, vou dar uma pesquisada e depois te respondo direitinho, e obrigado. ;)