Eis uma antiga lenda japonesa pega do 4chan. Espero que gostem.
Num inverno durante a década de trinta, uma nevasca poderosa aplacava uma pequena vila no interior do Japão. Uma fria ventaria varria as casas, e a neve estava caindo pesadamente sobre os telhados.
Em tal turbulento cenário, uma família de cinco pessoas dormia pacatamente em suas camas. Por volta da meia-noite os indivíduos foram despertos de seu sono tranquilo por uma batida desesperada na porta da frente. O pai e a mãe se levantaram da cama para respondê-la, enquanto as crianças agitavam-se para fora de seus quartos, imaginando quem poderia perturbá-los a esta hora da noite.
Quando o pai abriu a porta, ele encontrou um estranho do lado de fora. O homem estava coberto, da cabeça aos pés, com um manto vermelho. Ele segurava uma lanterna e seu rosto estava escondido na sombra de seu capuz rubro.
"Sinto muito em perturbá-los, mas fui enviado por seus parentes", disse o homem vermelho, tomado por comovente aflição. "Sua mãe foi atingida por uma doença repentina e seu estado é muito grave. Ela quer vê-lo antes de morrer, senhor."
Naquela época, os telefones ainda eram uma espécie de luxo, então sem ponderar grandemente, o marido logo vestiu-se às pressas e, depois de beijar sua esposa e filhos, saiu com o homem vermelho. Juntos, eles partiram na viagem para casa da mãe, na aldeia vizinha. Sua esposa esperava ansiosamente por notícias, enquanto as crianças voltaram para a cama, um tanto perturbadas.
Um par de horas se passou e então havia outra sucessão de batidas na porta. A moça a atendeu e ficou surpresa ao ver o homem da capa vermelha novamente, sozinho.
"Seu marido me mandou de volta para buscá-la", disse ele. "A condição de sua mãe está piorando. É muito provável que ela não vá durar até a manhã. Ele disse que precisa de você ao seu lado quando chegar a hora. "
Assim como seu marido, a mulher não perdeu tempo e rapidamente se vestiu. Ela levou os filhos para a casa de sua vizinha, uma mulher de meia-idade, e pediu-lhe para cuidar deles enquanto ela estava fora. Com isso, ela se despediu e seguiu o homem vermelho para a noite.
Cerca de uma hora ou duas depois, houve uma batida forte na porta da casa da vizinha. O homem vermelho estava esperando do lado de fora e ele pediu para falar com as crianças.
"Eu sinto muito em dar-lhes a notícia, mas a avó de vocês morreu ainda agora", disse ele. "Seus pais disseram-me para voltar e buscá-los. Eles estão esperando por vocês na casa da falecida avó ".
As crianças estavam prestes a sair com o homem vermelho, quando a vizinha, suspeitando da inusitada aparição, se recusou a deixá-los ir.
"Você não pode levar as crianças para fora em uma noite como esta", disse ao homem vermelho, com firmeza. "Estamos no meio de uma nevasca. Eles vão morrer de hipotermia, ou soterrados pela neve. Haverá tempo suficiente amanhã. Se a avó deles está morta nesta noite, continuará morta na manhã seguinte."
O homem vermelho continuou insistindo, mas a vizinha era uma mulher teimosa e se recusou a ceder. O homem vermelho não aceitaria um não como resposta, e apelava verbalmente. Apenas quando a vizinha pegou uma vassoura e ameaçou bater nele, ele relutantemente desistiu e conduziu-se frustrado ao seu caminho em meio a neve.
Na manhã seguinte, o campo amanheceu coberto por um espesso véu branco. Um velho levantou-se cedo e apesar do frio, decidiu sair para um passeio. Quando ele estava atravessando a ponte de madeira que levava a outras aldeias, notou algo estranho. Havia algumas manchas rubras reluzindo na brancura. Olhando mais de perto, ele ficou horrorizado quando percebeu que eram manchas de sangue. A ponte estava repleta de poças sangrentas. O velho ficou com medo. Os sinais eram inconfundíveis. Houve um assassinato. Ele correu para a delegacia de polícia no centro da vila e relatou tudo o que havia encontrado.
A polícia vasculhou a área e encontraram os corpos do pai e da mãe das crianças sobre o rio de gelo, brutalmente massacrados e com as cabeças cortadas por um machado. O homem vermelho misterioso da noite passada os havia matado e, se a vizinha não tivesse o enxotado como fez, ele certamente teria pego os pequeninos.
A polícia estava certa quanto a quem cometera o assassinato, mas em eterna dúvida sobre a identidade da pessoa. Ninguém nunca deu uma boa olhada no rosto do estranho visitante, que desapareceu na noite de maneira tão misteriosa como a forma com que chegou.
Esse ocorrido é verídico e foi um grande evento naquela época, chocando os moradores da pequena aldeia pelas próximas décadas. Nenhum deles nunca mais se sentiu seguro em suas camas à noite. A polícia jamais conseguiu descobrir a identidade do homem vermelho e o caso permanece sem solução até hoje.
Esse é o blog mais interessante que já entrei..kk
ResponderExcluirtem algum conto que fale sobre uma cena de atividade paranormal, que uma menina entra no banheiro apaga a luz e diz blood mary.
Vitoria, muito obrigado pelo incentivo, de verdade - significa muito para mim, já que o blog é bem novo e ninguém comenta. xD
ExcluirPrometo que te arranjo algum conto desses; procurarei em inglês e em russo, e se não achar, eu mesmo escrevo. Volte dia 2 que até lá já estará postado! Abração e obrigado novamente. <3
Este comentário foi removido pelo autor.
Excluirkkkkkkkkk...vai procurar até em russo!!!
ResponderExcluirDesculpe o nome correto é bloody mary, e não blood mary, essas coisas são tao parecidas que a gente se confundi.
Gostei muito também de uma reportagem sobre os clichês em filmes de terror, tem um filme (o segredo da cabana) que fala sobre a ordem de como as pessoas são sempre mortas em filmes de horror, pode ajudar no seu poster.
Em russo não encontrei nada, já que não é uma lenda difundida por lá. :( Encontrei muita coisa babaca e pouco verossímil, em inglês. De bom, separei alguns relatos. Farei o post acoplando alguns relatos relacionados à Bloody, oka? Como disse, pode voltar que até dia 3 estará postado!
ExcluirAh, muito obrigado pela dica e pelo elogio. Achei o nome do filme esquisitinho, mas prometo baixar e assistir, ainda mais porque não tenho muito o que fazer. xD Quem sabe resenho, até, hehe. Abraços.
Minha amiga e que agora está postando se encarregou de fazer sua matéria. Não pensei que foi esquecida. Abraços.
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