A garota despertou com os cândidos raios de sol atravessando as finas cortinas esbranquiçadas, ternamente acariciando-lhe a face marcada pelas lágrimas da noite anterior. Constatou que estava atrasada para o serviço, e tratou logo de levantar da cama desarrumada, vestindo-se vagarosamente ao longo do caminho da cozinha, esquecendo no corredor sua camisola branca e amassada.
Enquanto aquecia a água para preparar o café, levou os dedos finos e trêmulos aos olhos, impedindo de escorrer pelas maçãs rubras de seu rosto outra lágrima sorrateira. Chegara o dia dos namorados e este lhe passaria em branco, pois sua companhia deixara-lhe há poucas horas. Dentre baixos suspiros de angústia, desligou o fogo, coou o pó e, após despejá-lo em uma xícara com uma animada estampa pintada em sua superfície, levou aos seus lábios finos o líquido fervente e amargo, cujo triste sabor contrastava com seu ânimo. Bateu contra a mesa a xícara e trincou-a. O recipiente que outrora abrigara o café deixava-o fluir livremente pelas rachaduras, enquanto as lágrimas fluíam pelos olhos da garota, que voltara a chorar.
Ela passou alguns minutos assim, com os dedos ainda fechados na alça de porcelana quebrada, cobertos pela bebida que há esta hora já estava morna. Seus soluços somente foram interrompidos quando ela ouviu o som de uma cadeira sendo arrastada. Com os olhos estáticos, esqueceu momentaneamente a tristeza que cedera lugar ao medo, e levantou a face curvada para o lugar na mesa a sua frente. Estava vazio.
Como desperta de um terrível sonho, finalmente limpou suas mãos e a sujeira que fizera. Decidida a acabar com seu sofrimento, encaminhou-se ao seu quarto, procurando pelas doses de morfina que certa vez guardara, e de lá ouviu de novo o barulho da cadeira sendo arrastada, na cozinha. Novamente assustada, andou sorrateiramente em direção ao som, que parara. Esperava não encontrar nada lá como da outra vez, mas o que viu foi um botão de rosa em cima da mesa. Confusa e com um inexplicável sentimento de paz possuindo seu corpo, deixou esboçar-se em seu rosto um singelo sorriso, enquanto esvaia-se toda a tristeza e angústia que dominavam-na. Colocou a rosa parcialmente submersa em água num resplandecente vaso de vidro, e naquele momento focara-se novamente no quão atrasada estava para o serviço, e deixou sua casa com a consciência de que alguém, independente de quem fosse, se importava com ela.
Enquanto aquecia a água para preparar o café, levou os dedos finos e trêmulos aos olhos, impedindo de escorrer pelas maçãs rubras de seu rosto outra lágrima sorrateira. Chegara o dia dos namorados e este lhe passaria em branco, pois sua companhia deixara-lhe há poucas horas. Dentre baixos suspiros de angústia, desligou o fogo, coou o pó e, após despejá-lo em uma xícara com uma animada estampa pintada em sua superfície, levou aos seus lábios finos o líquido fervente e amargo, cujo triste sabor contrastava com seu ânimo. Bateu contra a mesa a xícara e trincou-a. O recipiente que outrora abrigara o café deixava-o fluir livremente pelas rachaduras, enquanto as lágrimas fluíam pelos olhos da garota, que voltara a chorar.
Ela passou alguns minutos assim, com os dedos ainda fechados na alça de porcelana quebrada, cobertos pela bebida que há esta hora já estava morna. Seus soluços somente foram interrompidos quando ela ouviu o som de uma cadeira sendo arrastada. Com os olhos estáticos, esqueceu momentaneamente a tristeza que cedera lugar ao medo, e levantou a face curvada para o lugar na mesa a sua frente. Estava vazio.
Como desperta de um terrível sonho, finalmente limpou suas mãos e a sujeira que fizera. Decidida a acabar com seu sofrimento, encaminhou-se ao seu quarto, procurando pelas doses de morfina que certa vez guardara, e de lá ouviu de novo o barulho da cadeira sendo arrastada, na cozinha. Novamente assustada, andou sorrateiramente em direção ao som, que parara. Esperava não encontrar nada lá como da outra vez, mas o que viu foi um botão de rosa em cima da mesa. Confusa e com um inexplicável sentimento de paz possuindo seu corpo, deixou esboçar-se em seu rosto um singelo sorriso, enquanto esvaia-se toda a tristeza e angústia que dominavam-na. Colocou a rosa parcialmente submersa em água num resplandecente vaso de vidro, e naquele momento focara-se novamente no quão atrasada estava para o serviço, e deixou sua casa com a consciência de que alguém, independente de quem fosse, se importava com ela.
0 comentários:
Postar um comentário
Escreva, monstrinho.