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13 de agosto de 2016

Postado por Unknown | Marcadores: , , ,

Caso ocorrido no Brasil na década de 60 foi relatado não
por uma, mas várias pessoas! Este chegou inclusive a ser publicado no jornal
Mirror de Londres, de 9 de novembro de 1967, sob a manchete "Uma Vampira de
minissaia Terrifica a Polícia":
"Na última noite, policiais deram caça a uma "vampira" de minissaia que rondava um balneário. A polícia informara que esta vampira aterrorizava as pessoas, à noite, numa praia da cidade brasileira de Manaus. Várias pessoas que foram atacadas descrevem o vampiro como "uma mulher loura com dentes longos e pontiagudos, usando uma minissaia e meia negras". Duas pequenas feridas redondas foram encontradas perto da veia jugular de uma criança que foi mordida. Um despacho recebido de Manaus acrescentava que, dos trinta policiais, dezessete abandonaram a caça. Manaus, capital do Estado do Amazonas, no Brasil, está situada perto do Amazonas, o famoso rio que (segundo a lenda) foi assim denominado porque uma população de mulheres guerreiras e ferozes - semelhantes às amazonas da mitologia grega - habitavam suas margens." (Cf. Jacques Bergier. Le Livre De L' Inexplicable, 1973, Éditions Albin Michel)

   Em 1997 foi publicada a seguinte carta remetida por Moisés F. Damacena (de Porto Alegre) na revista brasileira - "Coleção Assombração" número 7, especial sobre "casos verídicos" enviados por leitores. Esta carta traz uma versão mais detalhada do caso da vampira do Amazonas que também está um tanto diferente da historia publicada pelo Mirror de Londres. A carta foi quadrinizada e adaptada pela equipe da Coleção Assombração mas o texto pode ser reproduzido individualmente sem nenhuma perda no conteúdo:
Caso verídico remetido por Moisés F. Damacena (Porto Alegre):

_"Passei minha infância ouvindo meu tio David contando e recontando uma estranha história, passada em Manaus:
Estava ele tirando férias em Manaus, quando a madrugada de 9 de novembro de 1967 foi perturbada por horríveis gritos e gemidos provindos da zona praieira do rio negro. Na mesma noite, foi encontrado nas areias brancas o cadáver de um homem. O corpo não tinha sangue e o pescoço apresentava estranhas perfurações. As prováveis testemunhas depuseram na delegacia. Umas falaram de uma "loura de vestido e meias pretas" outras disseram ter visto a tal loura "correndo semi-nua pela praia e transformando-se em sereia para desaparecer nas águas escuras". Por incríveis que parecessem os depoimentos e apesar do descrédito geral, novas mortes se seguiram: Primeiro, uma menina de 9 anos, depois, um grupo de turistas teve seus pescoços dilacerados e seus corpos dessangrados. Situação terrível. E, pior, mais depoimentos sobre a deslumbrante loura circulavam. Pressionado, o secretário de segurança de estado mandou 30 homens bem armados patrulharem as praias. Tudo se acalmou por algumas semanas até que novo ataque aconteceu, desta vez contra os patrulheiros, com resultados assombrosos: Dos 30 homens armados, 13 confrontaram-se com a "sereia assassina"... Oito soldados morreram esquartejados, seus braços e pernas (foram encontrados) espalhados ao longo da praia. Outros quatro, muito feridos, não tinham a menor idéia do que os havia atacado... Somente um soldado, Jesuíno Menezes, conseguiu descrever uma mulher grande, de 1,90 m ou mais, muito branca, olhos felinos, vermelhos, longos cabelos louros e dentes arreganhados, limados e afiados. Estava semi-nua e faltava-lhe um dos seios.
Agarrado à mão de um dos soldados mortos, encontrou-se um estranho amuleto. O objeto, ainda manchado de sangue, foi levado ao museu Emílio Goeldi deixando perplexos os estudiosos. Segundo declararam aos jornais da época, aquele amuleto poderia ser a primeira prova concreta da existência das lendárias amazonas, as índias guerreiras que habitavam o rio de mesmo nome, assim batizado em homenagem à mitológicas mulheres guerreiras da antiga Grécia. Contudo nunca mais se repetiram aqueles crimes nas praias de Manaus."

 Temos aqui 2 fontes para serem analisadas. O repórter do Mirror escrevia
para a imprensa séria e teve a chance de relatar o evento quando ele havia acabado de acontecer enquanto a carta de Moisés F. Damacena foi escrita 30
anos depois com um toque de "história de pescador" para dar medo nos leitores... Isso faz do primeiro relato presumivelmente mais confiável.
Entretanto, as fontes que o tio de Moisés teve a oportunidade de ler foram
evidentemente mais vastas. Observemos alguns detalhes e divergências:
1º Os fatos relatados no Mirror terminam na noite anterior a 9 de novembro
de 1967 enquanto na carta de Moisés F. Damacena tudo começa em 9 de novembro de 1967.
2º O Mirror não descreve mortes (ou pelo menos não deixa isso evidente), já
que as pessoas atacadas sobreviveram para contar a história. No caso da criança que "foi mordida" e encontrada com "duas pequenas feridas redondas perto da veia jugular" não fica claro se ela morreu ou não. Já a carta de Moisés não poupa vítimas adultas: "a madrugada de 9 de novembro de 1967 foi perturbada por horríveis gritos e gemidos provindos da zona praieira do rio negro. Na mesma noite, foi encontrado nas areias brancas o cadáver de um homem. O corpo não tinha sangue e o pescoço apresentava estranhas perfurações. (...) novas mortes se seguiram: Primeiro, uma menina de 9 anos, depois, um grupo de turistas teve seus pescoços dilacerados e seus corpos dessangrados. Situação terrível."
3º Segundo o Mirror os policiais caçaram "uma "vampira" de minissaia" que
rondava um balneário no Rio Negro, em Manaus, Amazonas e "um despacho
recebido de Manaus acrescentava que, dos trinta policiais, dezessete
abandonaram a caça." Note que o Mirror não fala sobre o porque desta decisão
nem do que aconteceu com os outros soldados que não abandonaram a caça.
Já Moisés F. Damacena descreveu o "ocorrido" pormenorizadamente:
"Pressionado, o secretário de segurança de estado mandou 30 homens bem armados patrulharem as praias. tudo se acalmou por algumas semanas até que novo ataque aconteceu, desta vez contra os patrulheiros, com resultados assombrosos: Dos 30 homens armados, 13 confrontaram-se com a "sereia assassina"... Oito soldados morreram esquartejados, seus braços e pernas (foram encontrados) espalhados ao longo da praia. Outros quatro, muito feridos, não tinham a menor idéia do que os havia atacado... Somente um soldado, Jesuíno Menezes, conseguiu descrever uma mulher grande, de 1,90 m ou mais, muito branca, olhos felinos, vermelhos, longos cabelos louros e dentes arreganhados, limados e afiados."
4º O mais importante relatado por Moisés é que a suposta vampira teria deixado um objeto na cena do crime: "Agarrado à mão de um dos soldados mortos, encontrou-se um estranho amuleto. O objeto, ainda manchado de sangue, foi levado ao museu Emílio Goeldi deixando perplexos os estudiosos." Isso permite uma base para investigação, ou seja, se este amuleto foi realmente encontrado nessas condições e levado para lá, isso prova que o Mirror omitiu dados talvez para não alarmar os leitores...
5º Provavelmente a relação Vampira/Guerreira-Amazona foi uma má interpretação dada pela imprensa da análise do amuleto feita pelos pesquisadores do museu e a relação vampira/sereia foi possivelmente uma espécie de engano das testemunhas (acostumadas com a lenda de Iara da região e similares), quando viram a loira mergulhar no mar. Creio que Moisés pode ter se confundido em alguns trechos do relato. Por exemplo, a citação de que a vampira não tinha um dos seios foi obviamente um acréscimo sofrido devido a comparação que os jornais estavam fazendo entre ela e as lendárias amazonas gregas, que deram o nome a lenda das índias guerreiras brasileiras. Amazona = um seio. Segundo a mitologia grega, elas mutilavam apenas um dos seios, para que ele não interferisse em seu desempenho no arco e flecha, sua especialização. Originalmente parece que a estranha loura não tinha nada de índia, nem de amazona e talvez nem de sereia. Isso são elementos do folclore da região e por algum motivo associaram-na a eles... Pelo contrário, ela trajava-se como uma mulher da noite (vestido sensual, meias pretas, minissaia, etc.) e agia como um vampiro cinematográfico bem no estilo "Drácula". Aliás o gênero de filmes e literatura de terror e gótica era muito apreciado no Brasil nos
anos 60.
      
  A "vampira do Amazonas" tem "poderes" de transmutação, força física
descomunal e deixa marcas no pescoço das vítimas idênticas às dos romances
"Drácula" de Bram Stoker e Carmilla de Sheridan Le Fanu. Note também que ela foi descrita como "loura, alta e branca". Parece um tipo físico europeu ou norte-americano, apesar de haverem controvérsias, como reparou Dani Moreira: "As amazonas brasileiras não tinham muito de vampiras, exceto pelo fato que algumas versões mais sombrias da lenda contam que elas matavam e bebiam o sangue dos meninos recém nascidos. Alem disso, como antropofagia ritual, também já ouvi lendas de que beberiam o sangue dos inimigos valorosos, mas isso é fato em muitas tribos indígenas reais. Quanto a serem brancas, existem algumas lendas INDIGENAS mesmo (não inventadas pelos brancos quando chegaram aqui) que falam de mulheres brancas guerreiras, mas nada sobre seios amputados. Talvez alguma referencia aos cabeludos nórdicos, que supostamente aportaram por aqui ha tempos (...). Existe uma lenda cabocla, sobre a "Flor do Mato" (ela tem mais nomes diferentes), que sempre se apresenta como uma menina inocente, ou mulher sensual, branca e loira, e faz crueldades com quem profana a mata, caçando ou derrubando a toa. Num caso que ouvi, um sujeito que foi caçar com um amigo, matou alguns filhotes, de repente viu uma bela mulher o olhando e foi atrás. Seu amigo não viu a moça, tentou procurá-lo, mas não achou e voltou pra casa. No outro dia, o corpo do sujeito foi achado pendurado numa arvore próxima a entrada da mata, sem os olhos...

19 de março de 2014

Postado por Unknown | Marcadores: , ,
Minha família é de origem Mexicana.
Pelo que foi me passado pelo meu pai e avô, as memórias vem de um vilarejo, onde a cidade mais próxima era Ocosingo.
Nesse vilarejo morava meu tataravô e sua família.
Sua família era pobre e sem recursos, como a maioria do povo daquela região, e viviam basicamente da terra.
Eles tinham um sítio, onde havia uma plantação de legumes e também alguns animais, como galinhas, vacas e cabras.
Segundo contava meu avô, eles tinham uma vida tranquila e feliz, embora sem luxo.

Mas tudo começou a mudar quando em uma certa noite, todos do vilarejo viram cruzar o céu uma luz muito forte, a qual aparentou cair nas matas de uma floresta próxima.
Todos se assustaram quando viram aquela luz rasgar o céu em alta velocidade, e aparentemente cair em um local nas imediações. Observo que naquela época, século XIX, não havia aviões, então imagino o espanto que as pessoas do vilarejo tiveram perante aquele avistamento.

Vendo aquele estranho fato, todos se reuniram e resolveram procurar na mata o que poderia ter caído ali.
No dia seguinte, vários homens se reuniram, incluindo meu tataravô, e foram na direção de onde aparentou que aquela estranha luz houvesse caído, que era na floresta próxima.
Todos partiram e seguiram pelas trilhas da região e adentrando na mata para procurar por algo diferente, no entanto de nada adiantou, pois mesmo vasculhando uma grande área nada descobriram de anormal, sendo que voltaram para o vilarejo em seguida, onde contaram para os outros que não havia nada lá na floresta, ficando então o povo mais tranquilo com a notícia, mas ao mesmo tempo curioso sobre o que teria sido aquela estranha luz.
Passado o susto, tudo continuou tranquilo no Vilarejo como era sempre, até que em um certo dia, confome contaram as pessoas envolvidas, um sitiante que morava nas imediações saiu para procurar um novilho que havia se desgarrado do resto do rebanho, e não havia voltado para casa.
A família do sitiante, então preocupada, pediu ajuda aos vizinhos para procurar por ele, pois já havia anoitecido e ele não havia retornado.
Perante o pedido de ajuda, alguns vizinhos se reuniram e saíram com seus lampiões e tochas em busca do amigo desaparecido.
Buscaram durante muitas horas na mata próxima, mas nada encontraram.
No dia seguinte saíram novamente para fazer as buscas, só que dessa vez tiveram uma triste surpresa: encontraram o sitiante caído na mata, morto, e de uma forma estranha.
Seu corpo estava rasgado do pescoço até a cintura e não havia nenhum orgão interno.
Era como se algo ou alguém o tivesse assassinado, aberto o corpo e retirado todos os seus orgãos de uma forma misteriosa.

Aquilo na época foi um escândalo, pois não haviam casos de assassinatos na região, pois todos eram conhecidos.
O máximo que acontecia eram alguns roubos de galinhas e peças de roupas em algum varal, nada a mais do que isso.
Então foi chamada a força policial da cidade mais próxima, a qual fez uma varredura no local e alguma investigação, mas não se chegou à nenhuma conclusão, pois com os precários recursos da época, nem chegaram a identificar o tipo de arma ou objeto que havia matado o tal homem.
Feito o enterro, ficou o mistério no ar, e o medo pairando sobre os moradores do vilarejo, mas a vida continuou no seu rítimo.
Algumas semanas depois desse intrigante fato, outro morador desapareceu misteriosamente, o qual disse que iria até uma cachoeira que existia nas imediações. Também não retornou para casa até o anoitecer.
Da mesma forma como foi feito antes, mas com mais medo e cautela, um grupo saiu para as buscas, mas também nada foi encontrado durante a noite.
No dia seguinte continuaram as buscas, e à um certa distância após a cachoeira, foi encontrado também o corpo do morador, morto e dessa vez todo estraçalhado, como se tivesse uma fera o atacado, e como antes, também não haviam orgãos internos em seu corpo.
Esse fato gerou um pânico geral no vilarejo, pois já era a segunda pessoa à morrer de forma brutal e misteriosa na região, coisa que nunca aconteceu antes.
Novamente foi chamada a força policial, a qual da mesma forma que antes, fez uma investigação, interrogatórios, mas nada resolveu, dizendo que talvez fosse algum animal selvagem que tivesse matado o morador e devorado seus orgãos internos.
Ninguém acreditou nisso, pois não era possível que o mesmo animal tivesse matado as duas pessoas de forma semelhante, e também tivesse devorado por completo todos os orgãos internos. E o restante dos corpos, porque também não foram devorados?
nenhum animal faria isso. Ou devoraria tudo ou não somente partes internas.

Passado mais uma semana foi a vez de um jovem desaparecer da mesma forma.
Ele havia dito que iria pescar nas proximidades, mesmo com o aviso dos pais sobre o perigo existente, e não retornou.
Da mesma forma que os demais, seu corpo também foi encontrado nas margens do rio, mas decaptado, tórax rasgado e sem os orgãos internos.
O Pânico que já existia no local, a partir desse novo assassinato, virou histeria geral. Todos clamavam por justiça e pela solução do problema.

No vilarejo havia uma senhora, meio cigana, meio vidente, a qual disse que aquilo não era obra dos homens e nem de animais, e que sim era obra de algo que as pessoas não conheciam.
Essa notícia passou de morador para morador, e todos ficaram mais apavorados do que antes, e não sabiam o que fazer.
Até que um dia um morador mais antigo resolveu criar um grupo de homens para "caçar" o animal ou o que seria o responsável pelos assassinatos.
Então um grupo com 5 homens resolveu sair para fazer uma varredura na mata.
Com medo de que fosse algo sobrenatural, pediram para a senhora que era vidente os acompanhar, imaginando que com ela no grupo pudesse haver mais "proteção", devido ao seu dom de clarividência.
Para acompanhar a senhora, sua neta também resolveu ir junto para amapará-la, caso fosse necessário.

Então na manhã do outro dia, partiram os 5 homens, todos armados com revolveres e rifles, a senhora que era vidente e sua neta em busca daquilo que seria o responsável por todos aqueles crimes.

O relato a seguir, como toda descrição da busca e dos demais acontecimentos foi passada pelas duas mulheres que restaram do grupo:

Segundo se conta, eles andaram por quase o dia todo vasculhando a floresta em busca de pistas, até que encontraram estranhas pegadas, que segundo disseram, não eram de homem e também não eram de animais conhecidos, e mesmo assustados, seguiram procurando.

O que virá a seguir foi algo aterrorizante, deixando algumas pessoas transtornadas mentalmente!

Passados alguns quilômetros desse último local, todos pararam em uma clareira para descansar e comer um lanche que haviam levado.
Estavam todos exaustos e quase desistindo da busca, pois achavam que nada encontrariam.
Segundo uma das sobreviventes contou, foi nesse momento que ouviram um ruído na mata, como se fosse algo se aproximando.
Todos ficaram assustados, e os homens prepararam suas armas, não sabendo o que poderia ser.

Foi quando "algo" começou a correr em volta deles em círculo pela mata, e em alta velocidade.
Todos viram as folhas das árvores e plantas se mexendo e o barulho de algo se movendo rapidamente rodeando todos, mas ninguém via o que era.
Até que em um determinado instante surgiu da mata em alta velocidade, uma criatura alta, com corpo coberto de escamas, de cor acinzentada, com muitos dentes enormes, garras afiadas em suas "mãos", e com olhos avermelhados.
A criatura pulou e desceu junto aos homens do grupo, girou rapidamente e de uma forma muito rápida foi matando um a um os homens do grupo.
Todos os 5 foram exterminados de forma brutal, tendo seus corpos rasgados, dilacerados e dois, decapitados.

Após o extermínio geral dos homens a criatura soltou um "urro" e se dirigiu para as duas mulhes que estavam caídas no chão em estado de choque.
Quando elas pensaram que seria o fim, se espantaram quando a criatura as olhou, como examinando da cabeça aos pés, parando, e em seguida se afastando em alta velocidade mata a dentro, desaparecendo.

A senhora que era a vidente e sua neta então, após se recuperarem um pouco do choque, retornaram ao vilarejo, contando para os moradores do vilarejo os detalhes do que aconteceu. Mesmo elas, não acreditavam no que havia acontecido.
Indagada sobre o que era aquela criatura, ela disse que era "El Diablo" (O Diabo), mas como a criatura só matou os homens e poupou as mulheres, ela foi chamada pela população local de "El Cazador de Hombres" (O Caçador de Homens).

Depois daquele massacre, a polícia enviou uma guarnição completa ao vilarejo.
A floresta foi vasculhada por toda a região, mas mais nada foi encontrado.
Passadas mais ou menos duas semanas do acontecido, mais um morador foi encontrado morto da mesma forma.
Um mês depois desse último caso, um casal estava se deslocando em uma estrada para a cidade de Ocosingo, quando foi atacada pela criatura.
A mulher disse que em certo ponto, quando a floresta em volta era mais densa, a criatura sugiu e saltou sobre a carroça e arremessou seu marido ao chão, pulando sobre ele, e lhe rasgando o o corpo com suas garras.
Em seguida, do mesmo modo que antes, a criatura se aproximou da mulher, a examinou de cima até embaixo, e nada fez contra ela, se afastando dali em alta velocidade mata a dentro.

Depois desse último assassinato, nada mais aconteceu, mas também nada foi encontrado ou o mistério solucionado.
Todos ficaram apavorados e não saíram mais sozinhos de casa por muitas décadas.
Esse foi um mistério que o avô do meu avô presenciou em sua vida, e foi tão marcante e chocante que ele contou para seu neto, que passou para os seus descendentes, chegando até mim, que estou o contando agora.
E o mistério ficou para sempre. Embora após a última morte nada mais tenha acontecido, ficaram muitas dúvidas!

O que era aquilo? De onde veio? O que desejava? Porque só matava homens e porque os matava?
Teria alguma relação com a luz misteriosa que foi vista tempos atrás, antes dos acontecimentos?
E talvez o mais intrigante: Para onde a criatura foi, e será que retornaria um dia, mesmo que em outro local?

Peço para que não tentem me contactar, pois não quero mais falar publicamente desse assunto, sendo o que sei exposto aqui. Nada mais sei além disso. Mais detalhes você provavelmente apenas conseguiria com quem presenciou os fatos, cujos quais já estão mortos.
Para quem não consegue acalentar a curiosidade, espere até saber de algo estranho que está acontecendo em alguma floresta e vá até lá verificar o que pode ser pessoalmente - mas antes lembre-se que essa poderá ser sua última viagem.


13 de março de 2014

Postado por Unknown | Marcadores: , ,
Eu e meu irmão vivemos comentando um com o outro quão desconhecida é pelos ocidentais a cultura do Oriente e Europa central e oriental, e vice-versa. Creio que isso ocorre não apenas por falamos línguas diferentes e por estarmos habituados a outro alfabeto, mas também pelas nossas gritantes diferenças culturais em relação a eles. Tendo esse ponto em vista, resolvi trazer para o blog um pouco dessas culturas tão instigantes das quais poucos de nós sabemos algo.

Um domovoi oudomovoy (em cirílico домовой) é um espírito residente de casas, vindo da cultura eslava, e seu plural é domovye. A palavra russa barabashka (барабашка) é usada às vezes descrever domovye, embora seja um termo absolutamente pejorativo.
Domovye são descritos de muitas, muitas formas. Às vezes tidos como homenzinhos pequenos, barbudos e podendo terem os corpos cobertos por pelos, outras vezes descritos com aparência semelhante a do antigos proprietário de uma casa, com o diferencial de ter uma barba grisalha, caudas e pequenos chifres. Também é dito que domovye podem assumir a aparência de animais domésticos como cães e gatos, mas estes são relatos menos frequentes.
Tradicionalmente acredita-se que cada casa tenha um domovoi como residente. Ele não é uma entidade ruim e não lhe fará mal a não ser que sinta-se irritado por negligências familiares, uso constante de linguagem profana e má conduta familiar. Eles mantém a paz e a ordem, e premiam com boas vibrações (e até com bens materiais!) um bom ambiente familiar. Sendo assim, ele é visto como um guardião da casa e há gente que o trate como um membro invisível da família, deixando-lhe presentes como leite e biscoitos na cozinha durante a noite.


Para despertar a presença do pequeno companheiro em sua residência, as pessoas vestem suas melhores roupas e saem à entrada de suas casas, dizendo em voz alta "domovoi, avô, por favor, entre em minha casa!". Quando uma nova residência era construída, tradicionalmente colocava-se um pedaço de pão embaixo da porta para habitá-la com um domovoi.
Não bastasse, ele também é uma espécie de oráculo, pois seu comportamento poderia prever o futuro ou prevenir alguém de alguma catástrofe. Dizem que ele puxa o cabelo de uma mulher quando esta está para dormir com o intuito de alertar o perigo de um homem abusivo. Ele geme ou uiva para avisar problemas que vem, se ela mostra-se fisicamente eis um alerta de morte, e se ele é avistado chorando, toda a família morrerá. Sua risada é prelúdio de bons tempos.
Embora tantas qualidades o caracterize e ele seja considerado um aliado, esse espírito também tem um lado malicioso. O domovoi de uma casa vizinha, por exemplo, não lhe deseja felicidade, vendo sua família como uma espécie de concorrente para a que ele protege. O domovoi do vizinho pode roubar o alimento de seus cavalos para dar aos da família protegida dele, assim como assediar, assustar e maltratar seus animais.
A tradição diz que se um domovoi torna-se infeliz, sacode móveis e pequenos objetos, quebra pratos, deixa pegadas enlameadas pelo assoalho, faz a paredes rangerem e bate panelas, se assemelhante muito a um poltegeist. No ápice da raiva, ele tentará sufocar alguém enquanto a pessoa dorme.


No decorrer do século 20, houve uma quantidade notável de relatos de avistamento dessas criaturas na Rússia, e constantemente diz-se que eles manifestam-se principalmente realizando pequenas tarefas domésticas. De algum modo, domovye me lembram muito nosso mito das famosas criaturinhas, duendes.

6 de novembro de 2013

Postado por Unknown | Marcadores: , ,
O demônio tinha a aparência que eu esperava.
Media cerca de duas vezes a minha altura, sua pele era rachada e queimada, dando a impressão que fora pressurizada sob calor suficiente para grelhar humanos e forte o bastante para torcer metais como se fossem simples galhos. Embora curvado, as asas vestigiais bateu inutilmente contra o ar, encontrando limitação na barreira de sal eu antecipadamente tinha espalhado em torno dele - todos os oito de seus olhos compostos piscando em confusão, e finalmente - o entendimento.
"Boa noite. Parece que cá fui chamado e eu estou à sua disposição, ó poderoso Evocante".
Curvando-se com cortesia exagerada, o demônio lambeu seus lábios com ambas as suas línguas - sequer uma vez desgrudou os tantos olhos de mim.
"O que você deseja, Mago? Dinheiro? Fortunas imensas que rivalizem contra as dos homens mais poderosos e ricos que governam o mundo? Oh sim, você gostaria disso, não é mesmo? Governar o mundo!... Oh, mas não, talvez não! O poder é o que você deseja!... O poder de moldar seu próprio destino, levar a sua vida facilmente nas mãos, poder de desafiar a sua própria fraqueza ... Ou talvez algo mais?... RomanceAmor, ou nua e crua luxúria - é o que você quer, não é?... Uma seleção das melhores peles para você jubilar, beber e comer - metaforicamente, é claro!..."
O demônio tagarelava, quebrando o silêncio de minha falta de palavras. Eu não disse nada até então, e me limitava a assisti-lo.
Assistindo...
E assistindo.
Finalmente, começou a andar em torno das bordas de sal do círculo que o limitava nervosamente, sua cauda balançando frente e para trás, eufórica, e seus olhos já não se mantinham exatamente em minha direção. Ocasionalmente, ele abriu a boca para falar - mas o meu silêncio o pegou pelo pescoço e estrangulou as palavras de seus lábios. Meu visitado logo parecia calmo em relação ao andar monótono, mas ainda esboçava um aspecto nervoso e incerto. Finalmente, ele falou:
"Você não me dará uma ordem? Eu não posso acreditar que você me trouxe para o seu mundo simplesmente para me ver, haha-ha, ha-a."
Mas essa sua coragem momentânea mostrada ao proferir as palavras estava começando a quebrar - eu já podia ver a criatura começa a pensar, novamente em silêncio. Não era assim que as coisas costumavam ocorrer - a maioria dos evocadores já teria feito suas demandas, requisitado coisas insignificantes e inúteis que eram tão efêmeras quanto qualquer outra coisa neste mundo. Eu queria algo completamente diferente. Algo mais interessante. Lentamente , eu me permiti o luxo de um sorriso, e comecei a falar. O demônio relaxou visivelmente ao ouvir minha voz, os seus ombros caindo suavemente e evidenciando a flacidez de sua pele.
"Eu quero que você brinque comigo. Eu quero me divertir hoje."
Se for possível o ceticismo mostrar-se num demônio, foi o que vislumbrei em todos os seus olhos, que piscaram em incredulidade. Inclinou a cabeça para o lado e tossiu nervosamente, torcendo suas mãos compridas enquanto procurava por palavras que jamais poderia encontrar.
"Isso é... Muito estranho... Eu definitivamente pediria, uh... SangueAlmasUh... Isso é realmente tudo o que você quer? Absolutamente nada mais?"
"Sim. Isso é tudo."
"Droga. Bem, eu normalmente não faria isso, mas considere-o feito, apenas porque no momento estou me sentindo extremamente cortês! Mas não espere que isso se torne uma ocorrência!... Hahahaha! Bem Mestre, então não há necessidade desse maldito círculo, certo? Uma vez que temos um acordo..."
Enquanto ele se pronunciava, minhas botas já estavam chutando o sal fora do caminho. O demônio ergue-se diante de mim, estendendo-se em sua altura total enquanto seus ossos estalavam e rangiam. A cena me lembrou um cão extraordinariamente alto, do jeito que parecia saborear estar livre do confinamento de meu círculo de evocação como um cão da coleira, pulando e brincando ao redor da sala antes de se decidir a dar-me outra reverência.
"Sim, bem!... Então!... Me sinto honrado fantástico por conhecê-lo, Mestre! Eu serei seu companheiro durante todo dia, e podemos até rir juntos enquanto construímos um castelo de areia! Então, o que vocês humanos costumam fazer para se divertirem, neste século? Talvez possamos amarrar alguns de seus escravos na balaustrada e em outros lugares estranhos, de ponta cabeça para o sangue subir-lhes à cabeça? Oh, oh! Ou podemos plantar sementes de puro ódio nos corações dos outros mortais! Sim - oh, ou melhor! Poderíamos espalhar palavras desagradáveis para magoar tanto os humanos que os levem à morte auto-infringida!"
Cacarejando a si mesmo, o demônio olhou para mim com expectativa, ansioso para causar o mal e semear o pânico.
Eu cocei a parte de trás do meu pescoço.
"Acho que podemos dar uma caminhada. Eu gosto de caminhar."
O olhar do demônio era novamente perplexo quando saímos da minha grande casa no campo e tomamos o ar frio da manhã. Sendo um demônio ele não gostava de frio, então o emprestei dois dos meus maiores casacos antes de sairmos da casa. Parecia ridículo - sua pele vermelha de couro envolta em camadas e camadas de pano que realmente não se adaptavam a quaisquer de seus membros, mas pelo menos assim ele não tremeria a cada passo.
A residência não era próxima da cidade - talvez cinquenta minutos de caminhada. Os pássaros estavam cantando. Eu gostava de andar até lá; uma agradável caminhada, muito pacata e apreciada visando que gosto da solidão .
Às vezes.
Constantemente pulando de lá e para cá, saltitando alucinadamente e com um olhar de felicidade e confusão em seus olhos, o demônio investiu contra pássaros e subiu em cima de árvores, com seus membros arranhando a casca delas e expondo sua seiva. Uma vez que alcançou altas copas, olhou para o mundo em torno de si. Eu podia ouvi-lo gritando animadamente, sabendo que ele admirava o eco de sua própria voz.
"Isso é incrível! Isso é fantástico, não há nada parecido com isso de onde eu venho! A-ha, ha-ha! Vocês humanos são realmente de sorte, sabe? Estou felizemocionado, com alguma inveja, e animado! Não me admira que você gosta de caminhadas, eu definitivamente gostaria delas se vivesse aqui, também! Um sábio humano como você, Mestre, é também um mago incrível! Provavelmente é o mais poderoso que posso imaginar. Acho que deve se dar bem sem dificuldades..."
Sem dizer nada, eu balancei minha cabeça. A cidade foi se mostrando lentamente à vista, e eu estava com fome - então eu levei o demônio ao restaurante local.
Um ventilador de teto rodava preguiçosamente sobre nós enquanto o demônio devorou cinco, talvez seis porções de molho e biscoitos enquanto eu bebia meu chá e comia uma massa suave. A garçonete - uma mulher ligeiramente velha cuja qual conheço desde que nasci, sorriu quando trouxe à mesa sua décima segunda xícara de café. Olhava atentamente para seu relógio de pulso
"Nossa , você está tão faminto! De qualquer forma, é sempre um prazer quando nossos visitantes frequentes trazem bons amigos para cá. Você realmente gosta desses biscoitos, não?"
" Oh, simSim! O molho, o cheiro salgado e a forma como são crocantes - são fantásticos, os biscoitos. Você deve enviar meus elogios aos seus fabricantes.
Ela ia dizer algo mais, mas bati meus dedos na mesa, duas vezes. A garçonete parecia pálida e engoliu saliva lentamente, e não passou a focar a vista fixamente no chão enquanto perguntava:
"...E eu posso lhe trazer algo mais, hun? "
"Apenas aceite o cheque, Delia. Obrigado."
A campainha tocou quando saímos, o demônio conseguiu arranjar duas caixas cheias dos biscoitos e lambuzava-se com o molho que conseguiu levar num pote. Algumas crianças que passaram correndo devem ter achado a cena cômica, pois riram acidamente. O demônio pareceu bastante envergonhado, deixando cair uma caixa no chão. Seu rosto tornou-se rapidamente uma máscara de miséria, embora tentou seu melhor para escondê-la.
"Então, Mestre - onde agora? Talvez eu devesse dar forma a um lago de fogo para que possamos admirar enquanto arremessamos coisas lá dentro. Não! Um lago de gelo que brilha com a quietude de um mil mortos e uma lua silenciosa pendurada acima soa mais bonito..."
"Quase acertou."
O lago ainda estava um pouco gelado, apesar de ser metade da primavera. Isso não foi surpresa para mim, já que a cidade em que vivemos é muito rural e pode ser considerada fria por questões da localização. Havia alguns bancos ao redor do lago em que podíamos descansar, ou admirar gansos e cisnes. Mas a verdadeira razão pela qual eu tinha trazido o demônio aqui foi o para olhar o parque infantil.
Estavam envelhecidos e enferrujados como a maioria dos objetos de minha infância, mas os balanços ainda funcionavam bem. Embora eu não seja mais tão jovem, sou muito pequeno - pequeno o suficiente para caber em balanços, pelo menos. Sentei num deles e olhei para o demônio me encarando.
"Me empurre."
Eu entoei, e assim demônio percebeu o objetivo da brincadeira. Deixei minhas pernas balançarem para o lado e apenas se esqueci do mundo pelo tempo que pareciam horas, mas foram na realidade apenas alguns minutos. O sol começou a ir em direção ao meio-dia - e era muito brilhante, meus olhos fechando a cada vez que o balanço ia ao alto. Abaixo, eu podia ouvir o demônio grito algo animadamente, mas eu realmente não estava escutando.
Finalmente, o demônio parou, e o balanço parou, e eu caí de volta à Terra. Minhas botas deslizaram de encontro ao chão, fazendo com que pedaços de solo gelado saltassem como se estivessem fugindo de minha presença. O demônio pulou na minha frente, sorrindo com todas as suas quatro fileiras de dentes pontiagudos .
"Isso parece divertido! Isso parece muitomuito divertido! Você deveria empurrar-me...! Você deveria definitivamente me empurrar, Mestre...!"
Eu fiz , claro. Ouvi-lo gritando e quebrando todo o silêncio da praça era instigante, e eu me perguntava no que criaturas do submundo pensam enquanto estão a meio caminho da terra e do céu, no alto de um balanço.
Estava ficando tarde, então acenei para o demônio, que se pôs ao meu lado com um sorriso enorme.
" Sim, ó Mestre? Será que você tem uma ordem? Ou algo deliciosamente divertido entrou em sua mente? Talvez possamos adquirir mais daquelas coisas que humanos consomem para se alimentar, não?"
O demônio olhou para mim com expectativa, e embora fosse tarde, não era tarde o suficiente a ponto de não acharmos algo para comer, e eu já tinha planos de ir às compras novamente. Hoje parecia um bom dia para ela; eu sempre levo algum tempo para encontrá-la, a livraria - não porque se localiza num lugar particularmente escondido, mas porque  simplesmente tenho uma espécie de um... Um bloqueio mental, chame como quiser.
No momento em que ponho os pés em livrarias me perco por horas entre as prateleiras, e tempo é a única coisa que eu realmente valorizo ​​.
Tempo é o que nos permite fazer grandes coisas - criartrabalharviver. Mas o tempo deixa de existir quando entro em uma livraria, e tudo o que posso pensar é o cheiro do papel e da sensação de correr os dedos pelas páginas e, talvez, degustar de algum café ...
Quanto ao demônio, parecia bastante confuso - embora não infeliz - com o propósito da livraria. Ele foi eloquente o bastante para não subir pelas estantes e atirar os livros de suas prateleiras, o que foi bom - mas ele parecia não estar interessado nos livros tanto quanto estava nas pessoas de lá, observando-as atentamente enquanto elas faziam suas coisas. Talvez ele estava surpreso com o fato de que as pessoas não pareciam se importar com ele, e não lançava-lhe nada mais que olhares apressados e distantes, desfocados.
Mestre, por que ninguém está com medo de mim? Eu não sou terrível? Eu não tenho uma aparência humilhante? As pessoas deste mundo não mais temem aqueles que habitam o inferno?"
Meus olhos saltaram das páginas que estava lendo. Era um thriller - romance com elementos de mistério. Era muito ruim, e eu não estava interessado em comprá-lo, mas a ilustração da capa havia me atraido.
"Nãonãorealmente. Ninguém mais se preocupa com nada além de si mesmos."
Ele me faz várias outras questões, mas eu não as ouvi enquanto me focava em lembrar de onde havia pego o livro para repô-lo no lugar - e notei que o demônio mais uma vez parecia envergonhado  - mas esperançoso - olhando para o balcão com alguns produtos e guloseimas sobrepostos. Ele abriu a boca para falar, mas eu imediatamente assenti - e então, dei-lhe um chocolate, pagando em seguida ao homem em frente à caixa registradora; afinal de contas, por que não?
O demônio consumia lentamente seu chocolate enquanto fazíamos nosso caminho para casa. Ele não queria comê-lo rapidamente a fim de fazer a sensação se prolongar, mas salivava a cada passo, claramente louco para engolir tudo de uma vez. Pode ou não ter falado comigo, mas eu estava perdido em pensamentos. Apenas percebi quando ele perguntou triste e melancolicamente:
"Então - o que devemos fazer agora, Mestre? Parece que você tinha planos até agora, mas isso deve ter um fim... Lidere o caminho, e eu vou te obedecer!"
Minha cabeça balançava para cima e para baixo, sim e sim. Eu já estava pensando sobre o que eu tinha comprado na livraria, ou mais precisamente retirado do armazenamento. O olhar de aquiescência desagradável no rosto do livreiro quando ele me entregou o pacote. Foi mai uma de muitos, é claro - mas esta era nova, e eu estava ansioso para testar minha nova aquisição.
"... Para o resto do dia , pensei que poderíamos assistir à televisão."
"OhAh."
O demônio parecia visivelmente desapontado, sua cauda caiu no chão e seus olhos abaixaram. Para ser honesto, eu me sentia assim também. Não gosto muito de televisão, mas eu tinha feito a minha decisão - ou talvez ela tivesse sido feita para mim.
Minha sala tinha uma televisão e um sofá. O demônio atirou-se neste e deslizou pelos canais, parando em algum programa de comédia stand-up protagonizados por pessoas que tinham sido populares há cinco, talvez dez anos atrás.
"Eu irei à cozinha. Você quer algo específico para o jantar?"
"Você está me perguntando, MestreComo... Como você é gentil..."
Confusão vacilou em sua voz, bem como genuína surpresa. Eu não podia mais vê-lo quando me estabeleci em frente à bancada, mas mentalmente podia imaginá-lo ponderando o que pedir, sem saber o nome de muitos pratos e alimentos da Terra, mas conhecendo seus sabores e pronunciando as palavras em sua própria língua infernal. O avental de cozinha que eu tinha colocado cobria a maior parte do meu corpo, e quando ele finalmente descobriu o que raios pretendia falar, eu surgi na sala carregando dois pratos com arenque frito, tomate, alface e rabanete, e biscoitos de centeio.
Comemos em silêncio, o rosto dele se afundando em alegria a cada mordida. Eu terminei antes dele, e assisti com os olhos, em silêncio, enquanto ele terminava as últimas migalhas. O demônio percebeu que eu estava olhando para ele e desviou o olhar, constrangido. Meu relógio marcava oito horas - precisamente doze horas desde que ele havia sido chamado a este mundo.
"Oh, isso é estranho, mas acho que eu devo ir."
Eu balancei a cabeça , lentamente. Minha pele estava coberta de suor - o demônio não deixou de notar, mas não conseguia entender o por quê.
"Foi - foi muito divertido! Eu não tenho tanta diversão com um mago há muito tempo... Ou melhor, nunca tive. Normalmente vocês apenas querem causar dano a outrem, ou se afogar nas consequências da própria ambição e mesquinharia. Eu iria longe a ponto de dizer que você é o melhor Mestre de todos os tempos! Não é ótimo? Parabéns, ó Mestre!"
Arrulhando e falando de seu modo estranho, ele mostrou os dentes no que foi um verdadeiro sorriso de uma criatura da sua laia - não tem certeza de como eu estava no momento, mas assumo que meu sorriso era um espelho do dele .
Eu continuava a sorrir, lutando contra a contração no meu olho esquerdo.
"SimobrigadoQue bom. Venha comigo agora ."
O demônio parecia um pouco confuso, mas acenou com a cabeça e seguiu-me hesitante, ambos subindo as escadas. Dispus um círculo novo de sal na ala em que estávamos mais cedo, e deixei uma fresta aberta para ele entrar, antes de jogar um último punhado fechando-o. O demônio acenou, ainda sorrindo:
" Mais uma vez - obrigado, Mestre. Eu realmente apreciaria vê-lo novamente. Foi ... Divertido!..."
O demônio estava cercada por fumaça , fumaça tão escuro e ocre como nenhuma outra que já tinha estado na terra ...
Mas não desapareceu.
Chocado, o demônio tentou mais uma vez se desmaterializar, apenas para descobrir que não conseguia, enquanto eu andava em círculos intermináveis​​, minha respiração pesada.
"Foi... Divertido para você, você disse?"
Minha vez de lamber os lábios. Eles estavam secos com o frio, suor e antecipação. O demônio balançou a cabeça, lentamente - sem saber onde eu queria chegar.
" Mas você... Nenhum de vocês puderam manter suas promessas..."
Minhas mãos começaram a tremer quando as coloquei em meu bolso, ondulando os dedos em torno da ponta da nova faca de açougueiro que havia comprado mais cedo. Ferro frio cantava alegremente em minha mente enquanto agarrei-a pela alça e puxei-a para fora do bolso.
"Não foi divertido para mim."
Não houve tempo para um olhar de surpresa quando eu pulei para sua frente, dilacerado-o membro a membro. Costeletacosteleta cortecorte. Sangue de demônio jorrava dos ferimentos quando a luz nos olhos dele passou de confusa à horrorizada, e finalmente à calma - enevoaram-se em teias de cinza que enfatizavam que jamais brilhariam novamente.
Ajoelhei-me sobre seu corpo amassado e serrado e cortei fora tendões e ossos. De poucos em poucos momentos parava, limpava o suor da minha testa e o sangue de minha blusa.
A trituradora de lixo sempre estava faminta e monstruosa - uma abominação infestada de dentes de aço, ansiosa para devorar e consumir tudo o que lhe estivesse ao alcance. O crepitar da pele do demônio quando foi triturada cedeu lugar ao borbulhas dos ossos. Depois de cada rodada de eliminação, deixei o fluxo de água lavar a bile negra suja do sangue do demônio e levar embora qualquer vestígio de que ele tinha estado lá.
Finalmente, foi feito. Removi o avental da minha cintura, deixei-o cair ao meu sótão e suspirei, resistindo à vontade de chorar. Tudo o que eu queriatudo que eu sempre quis, foi um dia que fosse feliz para mim...
Por que todos os demônios que convoco tem que ser tão egoístas?
Mas este próximo será melhor.
Estou um pouco cansado, mas sempre estou, afinal.
O relógio quase marca oito da manhã, após me livrar do corpo e limpar tudo...
Vou buscar mais sal...

3 de setembro de 2013

Postado por Unknown | Marcadores: , ,
Tendo a peculiar Rússia como cenário, os pombos passam a caminhar em meio ao trânsito sem se esquivar dos carros, se chocarem contra paredes e muros ou caírem abruptamente enquanto voam. Algumas pessoas relatam que viram pombos perdendo o equilíbrio e caindo do parapeito de janelas, ou ainda inertes, descansando seus bicos apoiados ao solo.
Preocupados com o comportamento dos animais de Moscou, vários cidadãos entraram em contato com autoridades para relatar que as aves têm agido como "zumbis".
"Naturalmente, os pombos voavam quando alguém passava perto deles; agora simplesmente não prestam mais atenção a nada." Confessou um ouvinte a uma rádio. "Vi alguns pombos se comportando de maneira esquisita, andando em círculos..." Disse outro.
De acordo com os moscovitas, os pássaros ficaram extremamente letárgicos e aparentemente sem medo de nada, de um dia para outro, se comportando exatamente como os mais clássicos zumbis do cinema. Felizmente, não manifestaram apetite felicitado pela carne de seus semelhantes...!
Os boatos se espalharam, e na tentativa de acalmar os internautas que passaram a comentar o "apocalipse dos pombos" nas redes sociais, o vice-prefeito de Moscou, Leonid Pechatnikov, se precipitou ao afirmar que não havia risco de contágio para os humanos. Só que imediatamente a Unidade Federal de Inspeção Veterinária desmentiu o desinformado vice-prefeito, evidenciado a gafe do mesmo ao informar que os pássaros podem ser vítimas de um mal conhecido como 'doença de Newcastle', altamente contagiosa e que pode causar sintomas de gripe e infecções nos olhos de humanos.
Já adotando outra teoria, as autoridades sanitárias acreditam que as aves podem estar infestadas por parasitas ou sofrendo de problemas intestinais - sendo a última hipótese realmente estranha ao imaginar problemas mentias se difundindo numa escala tão imensa e em tão pouco tempo.
Minha opinião? Radiação, meu caro.
A exemplo, do dia 15 de fevereiro um meteorito caiu na região povoada dos Urais, na Rússia, deixando quase mil pessoas feridas. Alguns cientistas russos montaram acampamento na região com o intuito de estudar melhor seus fragmentos, que podem ser a chave dos tektites, um mistério bastante antigo e que ainda não é compreendido pelos pesquisadores.
Tektites são estranhos glóbulos de rochas radioativas, com aspecto de vidro, encontrados em diversas partes do mundo. Supõe-se que sua formação exigiria altas temperaturas, mas a origem vulcânica foi descartada, em função da sua composição molecular bastante peculiar, de tal forma que tektites costumem chegar em meteoros e meteoritos. Não é desconhecido o fato da área que acopla a ex-URSS ser alvo constante dos mesmos, além dos conhecidíssimos (e incrivelmente sigilosos e misteriosos) laboratórios nucleares e antigas bombas explodidas por lá.

28 de dezembro de 2012

Postado por Unknown | Marcadores: , ,
Gárgulas são estátuas monstruosas, esculpidas com faces aterrorizantes, asas sobre as costas e características monstruosas. O aspecto demoníaco segue o padrão gótico medieval. Embora sejam comumente confundidas com Quimeras, pouco ambos os monstros têm em comum; Gárgulas pendem a pássaros, enquanto as Quimeras têm a aparência híbrida de dois ou mais animais e a capacidade de lançar fogo pelas narinas.
Vampiros, Lobisomens, Elfos, e tantas outras criaturas míticas são estupendamente populares nos dias de hoje, enquanto as Gárgulas rumaram às sombras do esquecimento. É, aliás, interessante a referência às sombras, visando que Gárgulas sempre tiveram uma certa tendência a de camuflar-se num cenário bem maior. As tais podem ser vistas em estruturas góticas, seja no topo dos edifícios, ou ainda pousadas e agarradas às paredes.


Na realidade, elas eram esculpidas de maneira a disfarçar os canos por onde escoava água de chuva dos telhados das construções. Mas mesmo não passando de uma mera folícola criada sob o intuito de disfarçar um problema estético, as Gárgulas alcançaram alguma posição assombrando os pesadelos humanos; é comum as imaginarmos em súbito movimento, deixando a triste e monótona vigia para planar pelos céus noturnos.


Esses peculiares pensamentos e fantasias acabaram colaborando para muita gente acreditar que as Gárgulas realmente podiam mover-se caso desejassem, e embora sejam figuras demoníacas, muitas pessoas as imaginavam como repelentes de maus espíritos.



Antigos filmes e desenhos de terror, em especial os que mostram a antiga Catedral de Notre Dame, em Paris, costumavam dar destaque a essas criaturas.